A pandemia da Covid-19 causou uma mudança drástica em nossas vidas e nos nossos meios de subsistência. Desde o aumento na demanda por serviços de entrega, até a normalização das teleconsultas e a percepção cada vez maior de que você pode trabalhar de qualquer lugar, até mesmo dentro de um trailer. No entanto, há um elemento que não está recebendo tanta atenção dos profissionais de marketing – a introspecção entre a liderança, as equipe e marca.
Barbara Yolles, CEO da Ludwig +, uma agência de marketing de aceleração de negócios, cuja experiência abrange desde o McDonald’s até as principais agências de publicidade, como a McCann North America e Campbell Ewald, foi uma das primeiras profissionais a mergulhar de cabeça nas mudanças desse novo cenário.
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Conhecida por arquitetar soluções que mudam o destino de uma empresa, Barbara observou que durante o isolamento “muitos indivíduos estiveram mais dispostos a se voltar para dentro e refletir sobre suas próprias razões para serem do jeito que são.” Nesses momentos, a executiva viu como “estamos encontrando maneiras de reinventar e revigorar nossas vidas, para abrir novos caminhos como a melhor versão de nós mesmos”.
Barbara leva esses insights um passo adiante, enfatizando que “este nível de introspecção também deve se aplicar a marcas, especialmente no cenário atual de negócios”, onde criar conexões emocionais profundas entre empresas e consumidores é uma das principais tendências de marketing digital a serem adotadas em 2021.
O resultado do grande crescimento do comércio eletrônico, juntamente com as mídias sociais se tornando um dos principais canais de compra, assim como o aumento do marketing de multicanal e dos ganhos através do “boca a boca” (que muitas vezes supera o conteúdo criado pelos profissionais), agora está levando a marca a encontrar novas maneiras de desbloquear seu potencial interno e se tornar a melhor versão de si mesma.
Caroline Tien-Spalding, CMO da Aptology, empresa que se especializou em entender o “porquê” do desempenho dos funcionários e da equipe, expandiu essa tendência ao prever no Hubspot que “o marketing vai evoluir em 2021. Ele, que sempre foi sobre entender as pessoas e agir com base nesse conhecimento. Uma diferença fundamental agora é que esses profissionais podem saber mais do que nunca. É a ascensão do psicólogo e do profissional de marketing digital”.
Com o mercado se abrindo, as marcas que abraçam a cultura e o engajamento dos funcionários saem ganhando. Nesse novo normal, sua equipe e seus clientes estão olhando para dentro para encontrar sua razão de ser. Agora é o momento perfeito para voltar atrás e ser introspectivo. Procure dentro de você o que o move e não tenha medo de se reinventar. As marcas permanecem relevantes quando acompanham as mudanças dos tempos.
Essa tendência mostra como a construção da marca, as equipes e a colaboração precisam ser repensadas. Barbara compartilha cinco recomendações sobre como desbloquear o potencial da sua marca, tornando-se um líder melhor nesse novo ambiente de trabalho híbrido. O objetivo é ajudar sua equipe a se tornar a melhor versão possível de si mesma, o que, por sua vez, impulsionará a marca.
Veja, na galeria abaixo, cinco dicas de como se tornar um líder melhor a partir da liberação do seu potencial interno:
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Hinterhaus Productions/Getty Images 1. Reconhecer que as pessoas são seu bem mais valioso
Barbara aconselha: “Seus funcionários representam a alma da marca e da empresa. Você precisa saber sobre seus pensamentos, suas visões e suas aspirações, e isso requer ir além das pesquisas convencionais. Exige obter um nível de compreensão profunda por meio de conversas e do exercício da escuta”. O exemplo perfeito dessa abordagem está em uma entrevista da Abby Wambach, duas vezes campeã olímpica de futebol e campeã da Copa do Mundo da Fifa. A atleta afirmou que “os melhores líderes sabem como e quando liderar do banco de reservas”. A essência deste estilo de gestão é que você não está no centro das atenções o tempo todo, mas à margem, sempre apoiando aqueles que estão em campo. Isso cria um verdadeiro espírito de equipe, além de ser fácil de colocar em prática ao agendar reuniões curtas na semana para destacar os sucessos do grupo ao mesmo tempo em que aborda os projetos.
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Luis Alvarez/ Getty Images 2. Encontre padrões que permitem que você entenda seus pontos fortes e seus pontos fracos e as oportunidades
Mergulhe de cabeça em toda a base de conhecimento de sua organização. O processo ajuda você a obter uma compreensão melhor não apenas do que é a marca como conjunto de pessoas, mas o mais importante, onde ela pode chegar e no que você pode se apoiar durante o processo. Este exercício, sempre curioso, é um trampolim para a criatividade e produtividade da empresa.
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Five/Getty Images 3. O novo normal ainda tem que se revelar
Enquanto o mundo passa por um grande “intervalo”, considere fazer com que suas equipes se concentrem em se reagrupar para emergir mais fortes. Pergunte a si mesmo e ao seu time: “Como você e sua marca irão se reinventar e evoluir para aproveitar ao máximo esta oportunidade de espaço em branco?”. Uma das melhores maneiras de fazer isso é dividir os principais projetos em objetivos trimestrais e chegar a um acordo sobre como lidar com as metas, além de atribuir cronogramas específicos.
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Dowell/Getty Images 4. Pare de reclamar
Com uma enorme quantidade de dados e insights prontamente disponíveis, Barbara afirma que está “surpresa ao ver tantas marcas errando ao invés de liderar com a autenticidade e a compreensão do modo como seus produtos e serviços impactam a vida das pessoas”. Faça uma auditoria de comunicação interna com foco em marketing de conteúdo, incluindo SMS. Ele incentiva uma conversa virtual centrada no cliente sobre a marca.
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Mark Langridge/Getty Images 5. Faça uma troca de valor
Barbara aconselha: “As marcas mais valiosas oferecem mais do que produtos e serviços; eles oferecem um rico valor de troca. Essas são as empresas que entendem que o social é um comportamento, não uma plataforma. As marcas que estão ganhando nas redes sociais estão criando um ambiente mais valioso do que nunca, fazendo conexões reais com consumidores famintos por interação, seja com pessoas reais ou marcas”. O teste decisivo é se você está descartando conteúdo em feeds sem realmente refletir sobre eles. “Por que as pessoas se importariam?” – se você não está fazendo essa pergunta, provavelmente está errando o alvo.
1. Reconhecer que as pessoas são seu bem mais valioso
Barbara aconselha: “Seus funcionários representam a alma da marca e da empresa. Você precisa saber sobre seus pensamentos, suas visões e suas aspirações, e isso requer ir além das pesquisas convencionais. Exige obter um nível de compreensão profunda por meio de conversas e do exercício da escuta”. O exemplo perfeito dessa abordagem está em uma entrevista da Abby Wambach, duas vezes campeã olímpica de futebol e campeã da Copa do Mundo da Fifa. A atleta afirmou que “os melhores líderes sabem como e quando liderar do banco de reservas”. A essência deste estilo de gestão é que você não está no centro das atenções o tempo todo, mas à margem, sempre apoiando aqueles que estão em campo. Isso cria um verdadeiro espírito de equipe, além de ser fácil de colocar em prática ao agendar reuniões curtas na semana para destacar os sucessos do grupo ao mesmo tempo em que aborda os projetos.
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