Um novo ranking coloca a City College of New York no topo como a faculdade que melhor proporciona retorno econômico aos seus estudantes nos Estados Unidos. O ranking, com os quais muitos podem se surpreender – já que não trazem só universidades de elite nos primeiros lugares –, é uma nova metodologia desenvolvida pela Degree Choices, um novo guia universitário e companhia de aconselhamento acadêmico. A nova metodologia tem como principal critério o retorno financeiro que a instituição acadêmica proporciona aos seus estudantes em relação ao investimento feito no período de estudo com mensalidades.
O ranking do Degree Choices também permite a visualização das melhores faculdades e universidades em diversas categorias, como por formação, área de estudo, por região, grau do programa de ensino ou apoio a alunos hispânicos. A lista deste ano inclui 1.618 mil instituições.
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Na lista das melhores faculdades e universidades dos Estados Unidos em 2023, ficaram nos primeiros lugares a City College of New York, a Princeton University e o MIT (Massachusetts Institute of Technology). Confira a lista completa:
- City College of New York
- Princeton University
- MIT (Massachusetts Institute of Technology)
- University of Florida
- Stanford University
- Harvard University
- Yale University
- Florida International University
- California Institute of Technology
- University of Pennsylvania
Entenda a metodologia do ranking
Os rankings da Degree Choices são baseados em medidas do retorno econômico que os estudantes das faculdades e universidades podem prever do investimento financeiro deles em educação.
A metodologia usa dados públicos do Departamento de Educação dos EUA e do sistema de dados do Sistema de Dados da Educação Superior, que incluem os custos e a remuneração dos egressos, para combinar essas duas métricas. Assim, há a composição do valor financeiro das instituições, valor no qual o ranking se baseia.
Retorno: mede quanto tempo demora para um estudante juntar o valor total do seu investimento na instituição de ensino superior – considerando possíveis auxílios financeiros oferecidos – com os ganhos marginais deles. Os ganhos marginais são a diferença entre o valor que um estudante médio teria antes de entrar na faculdade e o que ele ganha depois de se formar.
Ganhos adicionais: compara os ganhos dos estudantes com um índice do Degree Choices baseado em duas variáveis que influenciam as comparações salariais – o programa ofertado por cada instituição e a diferença na composição de estudantes originários do estado da universidade e de fora do estado.
Para chegar no valor pelo qual o Degree Choices ranqueia as instituições, o valor financeiro, o “retorno” de uma universidade é dividido pela porcentagem de vantagens ou desvantagens da métrica de “ganhos adicionais”. Quanto mais baixo for esse coeficiente, maior será a posição da instituição no ranking.
No caso da City College of New York, mais especificamente, demora menos de seis meses para que seu estudante médio recebendo auxílios financeiros do governo consiga juntar o valor de seus investimentos educacionais. E, dez anos depois de entrarem nessa instituição – independentemente de terem se formado ou não –, esses estudantes estão recebendo uma média de US$ 55,741 mil (R$ 290 mil) por ano. Os números levantados são coerentes com a reputação da City College of New York de oferecer boas oportunidades de mobilidade econômica a seus ex-alunos, muitos dos quais são os primeiros das suas famílias a ir para a universidade.
Na universidade de Princeton, os estudantes recebem uma média de US$ 95,689 (R$ 497,8 mil) após 10 anos de entrada na universidade. Para os estudantes que recebem auxílio financeiro, demora menos de um ano, em média, para o retorno do valor gasto com a faculdade. Esses números retratam a reputação de Princeton de formar profissionais que ganham altos salários.
Qual das duas métricas – “retorno” ou “ganhos adicionais” – vai prevalecer depender das circunstâncias de cada estudante. “Retorno” revela em quanto tempo o investimento educacional será retornado, enquanto os “ganhos adicionais” mostram as vantagens econômicas dos estudantes em momentos futuros de suas carreiras.
Uma coisa é certa. Com a nova metodologia deste ranking, as universidades públicas dos EUA se saem muito melhor do que em outros rankings de instituições acadêmicas, os quais dão mais valor para os recursos e as reputações. Por exemplo, entre as universidades norte-americanas, 9 das 20 melhores e 31 das 50 melhores são instituições públicas no ranking do Degree Choices.
“Muitas dessas universidades conseguem ter melhores valores financeiros ao mesmo tempo que são mais inclusivas a estudantes que vêm de famílias de menor renda”, diz David Levy, que arquitetou a metodologia desse ranking.
“Nosso foco na questão econômica da educação superior destaca uma questão que é comumente ignorada pelos rankings acadêmicos que já existem – e que, na verdade, dão valor para o prestígio e a influência das instituições. Nossos rankings dão aos formadores de políticas públicas um meio de contabilizar o retorno econômico tangível que as universidades dão aos estudantes”, ele afirma.