O novo perfil do CHRO brasileiro

Pessoa segurando desenhos de pessoas na mão

Jirsak/Getty Images

As mulheres são maioria dos CHROs brasileiros, representando 53% dos profissionais da área

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Assumir a diretoria de recursos humanos em uma empresa é, cada vez mais, um caminho comum para ganhar maiores responsabilidades na gestão e até mesmo chegar ao cargo de CEO. Segundo o “Perfil do CHRO Brasileiro”, pesquisa da ABRH-SP (Associação Brasileira de Recursos Humanos) em parceria com a Saint Paul Escola de Negócios, 53% dos profissionais ouvidos disseram que conhecem muito do negócio e participam de 80% das decisões estratégicas da organização. “Tradicionalmente, o RH era uma área coadjuvante e de suporte, mas tem crescido o número de líderes de RH promovidos para as posições de número um nas organizações”, diz Luiz Drouet, presidente da ABRH-SP.

Historicamente, segundo Drouet, os CEOs de grandes empresas vêm de áreas como negócios, finanças e comercial. E essa mudança se deve à valorização da pauta de pessoas dentro da agenda estratégica das organizações. “Você não pode entender negócios sem entender de pessoas”, diz ele, citando o autor de best-seller Simon Sinek.

A pesquisa mostra que 58% dos profissionais dedicam mais tempo a temas táticos e estratégicos, em detrimento de funções operacionais. “Já nas últimas décadas, tem sido exigido do profissional de RH um conhecimento cada vez maior do business.”

Mas a força do RH também faz com que o movimento inverso – de negócios a RH – aconteça. “Muitos executivos das áreas de negócios têm migrado para a área de recursos humanos.”

A pesquisa ouviu 62 CHROs com uma média de 28 anos de carreira. 38,7% dos participantes atuam no ramo de negócios; 24,1%, em indústria; 19,3%, tecnologia; 14,5%, comércio e varejo; e 3,2%, agronegócio. Entre as empresas em que esses profissionais trabalham, 30% têm até 5 mil funcionários e faturamento anual acima de R$ 10 milhões.

O levantamento traçou o perfil dos CHROs. As mulheres são maioria, representando 53%. O perfil demográfico é predominantemente branco (92%), heterossexual (97%), e com uma média de 47 anos. “O estudo demonstra a necessidade urgente de ampliar a diversidade das lideranças de RH”, diz Drouet.

A pesquisa também listou as 10 prioridades do RH em 2023: