Mulheres têm se saído melhor na liderança do que seus colegas homens. É o que indicam estudos da HBR (Harvard Business Review), por exemplo, em que as mulheres pontuaram mais do que os homens em 17 das 19 características consideradas desejáveis em um líder, incluindo tomar iniciativa e inspirar outros.
Mulheres também lideram melhor durante crises como a da Covid-19 e estão mais abertas à inovação, conduzindo as empresas a mudanças positivas. A liderança feminina ainda está relacionada a melhores resultados financeiros nas companhias, como mostra o Women in the Workplace, da consultoria McKinsey.
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Seja por suas características inatas ou por um esforço adicional para se destacar num universo ainda muito masculino, lideranças femininas têm muito a ensinar. Hoje (8), no Dia Internacional da Mulher, destacamos algumas das melhores dicas de carreira de CEOs mulheres – e que valem para qualquer profissional – já ouvidas pela Forbes. Confira:
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Sérgio Zacchi/Airbnb Fiamma Zarife, diretora-geral do Airbnb na América do Sul
Fiamma Zarife, executiva do Twitter por sete anos, acaba de assumir como diretora-geral do Airbnb na América Sul. Fiamma começou sua carreira na Petrobras Distribuidora e passou por Samsung, Claro e Oi. Para dar conta do trabalho e das outras funções da sua vida, como de mãe, precisou desenvolver habilidades, e a principal delas foi ser “essencialista”. “Isso passa por revisar onde e com quem eu invisto o meu tempo, o que eu leio e por aí vai. Desenvolvi a capacidade de perguntar muitas vezes ao dia: ‘Isto é realmente essencial ou vou gastar uma energia desnecessária que poderia destinar para a minha família?’.
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Nina Silva, CEO do Movimento Black Money
CEO e uma das fundadoras do Movimento Black Money e da fintech D’Black Bank, Nina Silva é um dos principais nomes de tecnologia e inovação no Brasil. Mas não só aqui. Em 2021, foi reconhecida pela Women in Tech como a Mulher Mais Disruptiva do Mundo. Executiva há mais de 20 anos, com passagem por empresas como Oi, L’Óreal, Honda e Heineken, Nina deixa uma lição importante para qualquer profissional e carreira. “Oportunidades iguais não bastam! Ser aliado sem ação não transforma a estrutura. Sejam ativistas, intencionais e constantes nas ações contra as desigualdades raciais e de gênero em todos os espaços. A equidade faz parte da construção de uma sociedade mais justa e sustentável.”
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Patricia Frossard, CEO da Philips
Patricia construiu carreira na sua área de formação, o direito. Depois de mais de 10 anos na PepsiCo, assumiu uma setor do departamento jurídico da Philips no Brasil. “A empresa precisava de alguém que fizesse conexões. A minha fortaleza era o relacionamento com as pessoas, então eu usei isso para correr atrás daquilo que eu não tinha.”
Leia a história completa aqui.
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Rachel Maia, fundadora e CEO da RM Consulting
Uma das CEOs mais influentes do país, Rachel Maia nasceu em Jordanópolis, na zona sul de São Paulo, e chegou à presidência de grandes marcas como Tiffany & Co, Pandora e Lacoste. Hoje, é fundadora e CEO da RM Consulting, que presta consultoria de diversidade para as empresas, além de conselheira da Vale, do Banco do Brasil, da CVC e da UNICEF Brasil. O olhar e respeito para com o próximo, segundo ela, foram ensinamentos valiosos que seus pais lhe deram, e que ela empresta para a vida profissional. “Pessoas felizes fazem coisas felizes. Como CEO, é preciso prestar atenção no que acontece ao seu redor, saber quais são as informações genuínas e quais vão trazer transformação. Me classifico como uma boa maestra: saber as qualidades de cada um, misturar e fazer com que aquilo gere uma música harmônica”, disse Rachel em entrevista para reportagem da edição 70 da Forbes.
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Divulgação
Giovana Pacini, country manager da MerzGiovana Pacini estava há três anos na diretoria de marketing da farmacêutica Merz quando foi convidada pelo presidente para substituí-lo. Teve medo de assumir essa cadeira, com receio de não saber o suficiente, mas hoje entende que até mesmo um CEO não precisa entender de tudo, mas escolher as pessoas certas. “Eu achava que teria que ser perfeita e entender de absolutamente tudo, até que entrevistei um candidato a CFO, expliquei que eu vinha do marketing e sabia menos do que ele. Me dei conta que não precisava entender tudo. Eu precisava liderar.”
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Marina Viana, CEO da GE Healthcare
Marina Viana foi CMO da GE Healthcare do início de 2022 até o início de 2023, quando se tornou CEO da empresa, que se desmembrou da GE. Segundo a executiva, que entrou no grupo como estagiária, esse movimento, de CMO a CEO, não é incomum, e o marketing pode ser uma porta de entrada para o cargo mais alto. “O domínio das atividades de CMO traz um conhecimento muito profundo dos públicos com os quais a empresa se relaciona, um diferencial para qualquer estratégia que queira ser construída com foco no cliente.”
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Monalisa Gomes, country manager da Schauer Agrotronic
Da periferia de São Paulo, Monalisa Gomes chegou à liderança da multinacional austríaca Schauer Agrotronic para as Américas, Espanha e Portugal. Antes disso, foi CEO da também austríaca Fronius do Brasil, empresa do setor de equipamentos de energia, onde entrou como analista em 2006. Monalisa não tinha conhecimento sobre agronegócio, mas andou por fazendas e conheceu cadeias produtivas e seus processos para hoje liderar uma empresa do setor. “Sempre quis uma carreira internacional, e mercado é relacionamento.”
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Fernanda Ribeiro, fundadora da Conta Black
Fernanda Ribeiro é fundadora e CCO da fintech Conta Black, além de presidente da AfroBusiness Brasil. A executiva já passou pela Latam Airlines e participou do Fellow IVLP – International Visitor Leadership Program, iniciativa da Embaixada Americana que reúne lideranças do mundo todo. Sua trajetória envolve transição de carreira, empreendedorismo, burnout, entre outros desafios. “Costumo definir minha carreira até aqui como um processo de hackeamento de sistema, repleto de dores e delícias.”
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Paula Pimenta, gerente geral da The Body Shop
Gerente geral da The Body Shop, marca de cosméticos comprada pela Natura &Co, Paula Pimenta usa o LinkedIn desde 2004, no início da rede – foi lá, inclusive, que a Natura a encontrou. Ela indica ser objetiva, na carreira e dentro da platafoma, para ampliar suas relações e oportunidades profissionais. “Eu sou intencional: já me abriu muitas portas e foi via LinkedIn. Minhas mudanças e evolução de carreira foram feitas por ali.”
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Sheyla Resende, CEO da Gafisa
Recém-formada em engenharia civil, Sheyla Resende se inscreveu em 2009 no trainee da construtora e incorporadora brasileira Gafisa, onde acaba de assumir como CEO. Há quase 14 anos na empresa, ela diz o que considera importante para se destacar e subir no mundo corporativo. “Aproveitar as oportunidades, ter entregas consistentes, absorver conhecimento, aderir à cultura da empresa, conhecer profundamente o negócio, executar a estratégia e somar dedicação a tudo isso.”
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Divulgação/Warner Music Brasil Leila Oliveira, CEO da Warner Music
À frente da operação brasileira da Warner Music Brasil, Leila Oliveira atribui o sucesso nesses 26 anos de carreira à rede que construiu durante a sua trajetória, e que é importante para profissionais em qualquer setor. “Networking é algo importantíssimo, sob vários aspectos, sejam externos ou internos, com seus pares de outras áreas ou gestores, para resoluções efetivas ou para troca de melhores práticas. É um recurso fundamental para qualquer momento de carreira porque são com essas conexões que você vai trocando experiência, evoluindo e se atualizando.”
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Ana Claudia Silva, fundadora e CEO da Afra Design
CEO da Afra Design, Ana Claudia Silva criou uma papelaria inclusiva depois de perceber a falta de representatividade nos materiais escolares. A professora começou a empreender em 2018 no que hoje é um negócio de sucesso. Hoje, vê como é importante celebrar suas conquistas, ainda que pequenas e iniciais, para chegar a onde se pretende. “Pensar grande e pensar pequeno dá o mesmo trabalho.”
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Divulgação Ligia Buonamici Costa, CEO da Liz
Em 1997, Ligia Buonamici Costa entrou como gerente de produto na marca de underwear Liz, onde hoje ocupa a cadeira de CEO. Ligia estudou letras e pedagogia e se define como alguém que está constantemente em busca de conhecimentos em áreas diversas – seja por gosto, seja para preencher lacunas que aparecem ao longo da carreira. “Não tenho uma formação clássica de executivo, então fui estudar tudo o que existe em termos de gestão, kanban, just in time, participo de todos os eventos sobre inovação, fui fazer curso de finanças para não financeiros. Sou muito curiosa e com isso fui ocupando espaços”.
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Divulgação Isabel del Priore, CEO da Animale
“Fui convidada pelo dono para assumir papel que era dele”Roberto Jatahy, fundador e CEO do Grupo Soma, chamou a executiva que fez carreira na área de moda e trabalhou com grifes internacionais para fazer parte do grupo de gestores que está levando a empresa a ocupar um espaço entre as maiores do mercado de moda brasileira.
Leia a história completa aqui.
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Tatiana Mattos, country manager do BlaBlaCar no Brasil
Jornalista de formação, Tatiana Mattos passou por IBM, Uber, Zé Delivery. Em agosto do ano passado, assumiu a operação do BlaBlaCar no país, e diz o que um profissional precisa ter para chegar a esse cargo. “Tecnicamente falando, todas as ferramentas que te empoderam no raciocínio lógico e criativo são importantes. De soft skills, eu diria capacidade de ouvir, de construir relacionamento e de influenciar por meio dessas conexões. E por último, ter a segurança e a humildade de entender que você não vai saber tudo sempre.”
Fiamma Zarife, diretora-geral do Airbnb na América do Sul
Fiamma Zarife, executiva do Twitter por sete anos, acaba de assumir como diretora-geral do Airbnb na América Sul. Fiamma começou sua carreira na Petrobras Distribuidora e passou por Samsung, Claro e Oi. Para dar conta do trabalho e das outras funções da sua vida, como de mãe, precisou desenvolver habilidades, e a principal delas foi ser “essencialista”. “Isso passa por revisar onde e com quem eu invisto o meu tempo, o que eu leio e por aí vai. Desenvolvi a capacidade de perguntar muitas vezes ao dia: ‘Isto é realmente essencial ou vou gastar uma energia desnecessária que poderia destinar para a minha família?’.