Quantas vezes você já ouviu a frase: “Faça o que você ama?” Provavelmente muitas. Esse é o principal conselho que muitos executivos de negócios compartilham com empreendedores ou recém-formados.
Ter uma paixão é maravilhoso. Dá propósito à vida e um alívio em meio à monotonia da vida cotidiana. No entanto, nem todas as paixões levam a uma carreira de sucesso. Para alguns, podem acarretar dívidas ao longo da vida e uma sensação de fracasso, especialmente se você for novo no mundo empresarial. Só porque alguém gosta de cantar, por exemplo, não significa necessariamente que isso se traduzirá em uma carreira.
Cerca de 20% dos novos negócios falham no seu primeiro ano. O erro em mudar uma estratégia de negócio ou o curso de ação ao seguir uma paixão geralmente resulta na dissolução das empresas. Preparar-se para mudar a rota e realmente segui-la é uma das recomendações da pesquisa mais recente da Skynova, que fornece ferramentas de negócios para pequenas empresas.
Muitas pessoas pensam que a única maneira de ser feliz é trabalhar com algo que você ama. Deixando um pouco de lado o mundo do empreendedorismo, o quiet quitting continua a impactar a força de trabalho. 55% dos trabalhadores estão aderindo a esse movimento devido à falta de engajamento, segundo uma pesquisa da Gallup. Na última década, as pessoas foram induzidas a seguir suas paixões, especialmente se estão insatisfeitas com a gestão, projetos de trabalho ou se ainda não descobriram seu propósito na vida.
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Mas como a paixão pode se relacionar com uma transição de carreira bem-sucedida?
Ser apaixonado por algo não faz de você um especialista na área ou um bom profissional naquilo. Às vezes, ao fazer uma transição, você terá que aprender uma nova habilidade ou começar um ou dois níveis abaixo de onde você estava na antiga empresa.
O conselho que está faltando é garantir que seu conjunto de habilidades complemente o que você deseja fazer. As habilidades que você já desenvolveu devem ser mais do que um ponto de partida ao iniciar uma carreira.
Sim, você deve ficar feliz com o que está fazendo, mas isso não quer dizer que a única maneira de ser feliz é seguindo sua paixão. Em vez disso, uma transição bem-sucedida está relacionada ao que você é bom, em que você pode se tornar um especialista e como pode aplicar isso ao que deseja fazer ou a quem deseja ser.
Como unir suas paixões e habilidades:
Restrinja suas paixões
As pessoas têm muitos interesses e paixões. Descreva claramente o que você deseja fazer e a curva de aprendizado necessária para chegar lá de maneira correta e eficiente. Olhe para o lado comercial da paixão. Determine se você tem tempo para entender e implementar o lado analítico que lhe trará dinheiro.
Defina no que você é bom
Todos já desenvolvemos habilidades específicas de experiências passadas. Primeiro, identifique seu conjunto de habilidades mais forte, como ele coincide com a sua paixão e o valor que você traz para uma nova empresa ou setor. Em seguida, questione se a combinação dos dois vai te deixar mais feliz do que agora.
Aprenda a errar rápido
Embora já não seja mais tão tabu falar sobre fracasso como era há uma década, algumas pessoas ainda lutam com essa ideia. Fracassar rapidamente é dar a si mesmo permissão para valorizar seu tempo e energia gastos em um determinado projeto ou paixão. Isso permite que você avance para ver o que funcionará para você e seu estilo de vida. Talvez aquilo em que você seja realmente bom simplesmente não esteja alinhado com a sua paixão. Uma vez que você descobre isso, é muito mais fácil avançar de forma mais eficiente e estratégica. Portanto, alinhe esses objetivos com o conjunto de habilidades que você tem e parta daí.
Seguir uma paixão ligada ao seu conjunto de habilidades e ter a capacidade de reconhecer se isso pode funcionar vai te ajudar a fazer uma transição de carreira de sucesso. É possível encontrar um emprego ou construir um negócio alinhado com o seu conjunto de habilidades, que te faça feliz e ainda dê espaço para buscar o que você mais gosta.
*Cheryl Robinson é colaboradora da Forbes USA. Ela é modelo, palestrante internacional, autora e fundadora da plataforma Ready2Roar. Nos últimos cinco anos, estudou como as pessoas transacionam de carreira e também tem uma trajetória de 15 anos na indústria do esporte e do entretenimento.
(traduzido por Fernanda de Almeida)