A Nike cortará cerca de 2% de sua força de trabalho total, ou mais de 1.600 empregos, disse a gigante do vestuário esportivo na noite de quinta-feira (15), visando reduzir despesas à medida que a demanda por seus calçados fica sob pressão.
Aluguéis e juros mais elevados têm levado à redução dos gastos de consumidores com produtos de alto preço, fazendo com que empresas de roupas esportivas como a Nike e a Adidas alertem sobre uma diminuição de encomendas por varejistas por meio de canais de atacado.
-
Siga o canal da Forbes e de Forbes Money no WhatsApp e receba as principais notícias sobre negócios, carreira, tecnologia e estilo de vida
Em dezembro, a Nike delineou um plano de economia de US$ 2 bilhões ao longo dos próximos três anos, que incluía o aperto na oferta de alguns produtos e a redução de camadas de gestão.
As reduções de custos incluiriam cerca de US$ 400 milhões a US$ 450 milhões com custos de rescisão de trabalhadores no terceiro trimestre, disse a empresa. A Nike tinha cerca de 83.700 funcionários até 31 de maio de 2023.
Os cortes de pessoal mostram uma Nike antecipando o receio de que a demanda “possa enfraquecer ainda mais”, disse o diretor-gerente da GlobalData, Neil Saunders.
A Nike também tem perdido espaço nas prateleiras do varejo para marcas mais novas, como Hoka, da Decker Outdoors, e On Holding.
“A Nike também quer investir mais em áreas como a de corrida, para poder ganhar participação de mercado. Para isso, ela precisa equilibrar as despesas adicionais com algumas reduções em outros locais”, disse Saunders.
O Wall Street Journal, que divulgou primeiro a notícia, disse que os cortes devem começar nesta sexta-feira (16) e uma segunda fase será concluída até o final deste trimestre.
Não se espera que as demissões em massa afetem funcionários de lojas e centros de distribuição ou da equipe de inovação, segundo a reportagem.