O exercício físico não é aconselhado para os pacientes oncológicos apenas para a prevenção, mas também durante e após o tratamento contra o câncer.
Os mecanismos envolvidos nesse processo incluem a diminuição dos níveis de espécies reativas de oxigênio (elevando, assim, os níveis antioxidantes), o aumento da função imunológica, a queda dos níveis de inflamação e a melhora da sensibilidade à insulina.
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Diversos estudos demonstram que praticar exercícios físicos diminui a chance de recorrência para vários tipos de tumores, como os de próstata, mama e intestino.
As atividades devem ser realizadas, idealmente, sob orientação de um profissional de educação física. Na ausência de um, uma caminhada de trinta minutos por dia, todos os dias da semana, ou se exercitar na bicicleta, realizando exercícios aeróbicos, é muito importante.
Além disso, fazer musculação é bastante relevante porque vários tratamentos contra o câncer fazem com que o paciente perca massa muscular. Não se esqueça, na sua rotina, de incluir o aquecimento e também o alongamento, sempre respeitando seus limites.
Portanto, a minha sugestão é que todos façam exercícios, independentemente da idade, e que cada caso seja avaliado por um profissional para que se façam orientações particularizadas para cada situação de saúde.
Manter-se ativo é fundamental para a prevenção de doenças crônicas e também para a conquista de melhores resultados no tratamento contra o câncer. As orientações de um profissional vão potencializar os ganhos para saúde em termos de cura, sobrevida e qualidade de vida.
Fernando Maluf é cofundador do Instituto Vencer o Câncer e professor livre-docente da Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo.
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