Rick Osterloh, presidente mundial da Motorola
Pode até não parecer, mas o Moto G, lançado no segundo semestre de 2013, é o smartphone mais vendido da história da Motorola. Ele foi também o responsável por ajudar a companhia a ganhar relevância em regiões como Índia, Reino Unido e Brasil. Por aqui, a fabricante informa ter sido a líder dentre todos os aparelhos vendidos em 2014. Isso explica o fato de Rick Osterloh, presidente mundial e COO da Motorola, ter vindo para São Paulo ontem e não a Nova York ou Londres, as três cidades que participaram de um evento simultâneo para divulgar os lançamentos mundiais da fabricante.
Em outra visita ao Brasil, em setembro passado, ele chegou a afirmar que o país era uma segunda casa para a Motorola e parte essencial de seu futuro. “Para nós, o Brasil e os Estados Unidos são igualmente importantes.” Na mesma ocasião, afirmou ainda que o Moto G havia sido absolutamente crucial para eles. “É a principal razão que nos levou a migrar de nenhuma participação para algo relevante em alguns mercados”, afirmou Osterloh.
O novo Moto G, com display que protege em casos de quedas acidentais na água
Ontem, o executivo apresentou seus lançamentos a um auditório lotado por jornalistas e blogueiros brasileiros e deixou claro em seu discurso que o futuro continua a apontar para três grandes players de dispositivos móveis: Apple, Samsung e Motorola. Segundo o geek e editor especializado em tecnologia Jocelyn Auricchio, os lançamentos apresentados ontem foram os primeiros grandes desenvolvimentos da fabricante na era Lenovo e uma pista de seus próximos passos. “A Lenovo deve abrir portas para a Motorola em regiões como a Europa, na qual a fabricante americana sempre enfrentou obstáculos”, observa o jornalista da Bit Magazine.
Dentre os aparelhos apresentados ontem e já à vendas nas lojas, destaque para o novo Moto G, de terceira geração. Chamou a atenção o fato de o modelo vir com proteção em casos de queda na água – ele aguenta até 30 minutos submerso a até um metro. Graças ao display Corning Gorilla Glass, que já estava presente em outros modelos da Motorola, o Moto G agora tem um vidro que dificulta a formação de riscos na tela.
Com bateria cuja promessa é durar o dia todo, o novo Moto G promete ainda capturar imagens com um simples giro do pulso, com sua câmera de 13 MP. O aparelho pode ser personalizado com as Motorola Shells, capinhas disponíveis em várias cores.
Com o Moto Maker, estúdio de design online, também já é possível personalizar o smartphone, a partir da escolha da cor da frente do aparelho, do acabamento metálico da câmera traseira e da cor da capa de trás. O usuário também pode definir a memória interna, a memória RAM e optar pela TV digital. É possível ainda incluir capinhas extras coloridas no kit e até gravar seu nome de usuário ou uma mensagem na parte de trás do aparelho. Assim que a personalização estiver pronta, o Moto Maker informa a data de entrega, de acordo com as escolhas feitas.
O novo Moto G é produzido em Jaguariúna (SP) e começou a ser vendido no país por R$ 899 – versão Colors Dual-Sim, 16 GB e capa extra.
A Motorola anunciou ainda duas novas edições da família Moto X (Play e Style), seus aparelhos topo de linha. Apaixonado por esportes – basquete e snowboard – e também por uma boa competição, o todo-poderoso da Motorola deixou claro que as adversidades do Brasil não irão congelar seus investimentos no país. E ainda lembrou que contratou 350 funcionários recentemente para atuar na operação brasileira. Contou ainda que tem a matemática a seu favor. Como sempre cita em seus discursos, Osterloh falou que os aparelhos da Motorola têm ótima qualidade a custos entre US$ 200 e US$ 300 inferiores em relação a marcas célebres (e caras) do mercado.