Brasileiras desenvolvem primeiro chá de cacau DOC do país

Projeto é de Claudia Landmann, da Chocolat du Jour, que contou com o apoio de Carla Sauressig, da Loja do Chá

Françoise Terzian

chacacau

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Dois anos atrás, Claudia Landmann, fundadora da grife de chocolates finos Chocolat Du Jour, teve uma ideia inusitada para quem trabalha com um produto derivado do cacau. Enquanto sentia o aroma da amêndoa torrada do fruto, pensou em criar um chá a partir do cacau. O passo seguinte foi procurar um especialista de peso para ajudar na missão, o que a levou à charista Carla Sauressig, que entende profundamente do assunto e comanda a A  Loja do Chá – Tee Gschwendner, do Shopping Iguatemi (SP). Centenas de amêndoas  de cacau depois, o trabalho a quatro mãos resultou na lata acima, de uma infusão a granel feita 100% a partir do cacau do Pratigi, proveniente das Fazendas Reunidas Vale do Juliana, em Ituberá, no baixo sul da Bahia. O local é conhecido como APA (Área de Proteção Ambiental) do Pratigi, o que concede ao produto o conceito de DOC, de denominação de origem controlada.

Basta bebericar um pouco da infusão para a lembrança do cacau de alta concentração surgir. A diferença é que a xícara tem 14 calorias, bem menos que um bombom ou tablete.  O chá de cacau acaba de desembarcar nas prateleiras da Chocolat Du Jour e da Loja do Chá na versão a granel (R$ 68 a lata). Futuramente, deve abastecer também empórios e hotéis chiques. O tempo recomendado para infusão é de 5 minutos e, após esse período, o indicado é coar a bebida em peneira bem fina, podendo ser consumido quente ou frio. A ideia de Carla é harmonizar o chá com bolos, pães e até pratos.

Futuramente, promete Claudia, o produto deve ganhar versão em sachê.