Drones e aviões ainda não conseguiram conciliar muito bem o espaço no céu, pelo menos nos Estados Unidos. Em 2015, já foram aproximadamente 700 as vezes em que eles quase colidiram. De acordo com dados da Administração Federal de Aviação do país (FAA) divulgados pelo Washington Post, só em agosto (entre 1º e 17) foram contabilizadas 700 situações que apresentaram risco de colisão. O número é três vezes maior do que em 2014.
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A informação foi dada ao jornal por um funcionário do governo, já que a FAA se recusava a liberar relatórios sobre os incidentes. Apesar de ainda não ter, de fato, acontecido uma colisão entre avião e drone, o potencial para que um acidente grave aconteça é grande.
Uma das questões mais delicadas envolvendo os dispositivos controlados remotamente é que eles não podem ser detectados em radares. Além disso, alguns deles não são equipados para transmitir sua localização atual, o que torna ainda mais difícil identificar os culpados em caso de acidente.
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Empresas privadas, como a Verizon e a Amazon, têm trabalhado para desenvolver um sistema prático que mude essa característica. A Nasa também tem se esforçado para isso, mas a FAA não.
Uma das possíveis soluções para os drones, sugeridas pelas empresas, seria usar o sistema de “geofencing”. Todos teriam de se conectar à internet para transmitir sua localização antes da decolagem. Além disso, seria necessário registrar os dispositivos em uma agência central do governo. O problema da ideia é que nem todos os drones conseguem conexão a internet, o que impossibilitaria o voo dos mais antigos.