Um dos cartões-postais e também endereço de festas memoráveis de São Paulo, o Jockey Club de São Paulo vai ganhar um hotel-boutique em 2017, conforme entrevista exclusiva com a investidora do projeto e advogada Milva Lopes, diretora da Villa Jockey. Com investimentos pessoais no ramo imobiliário, ela ganhou, em maio, a concorrência de concessão para revitalização e administração do prédio social do clube, datado de 1941. O projeto, aprovado pela diretoria da casa, terá 26 amplas suítes que ocuparão os dois andares acima do salão de festas. No piso abaixo do salão, ela prepara um spa de luxo com uma pequena academia. “Recebi dezenas de propostas de várias marcas”, revela.
Sobre o hotel, a ideia surgiu após ela ouvir reclamações das noivas que se casam no Jockey e que só encontravam hospedagem do outro lado da Marginal Pinheiros. “Muitas chegam aqui um ou dois dias antes, com as madrinhas e a família. Com o hotel, o problema está resolvido. O mesmo se refere às multinacionais que fazem eventos aqui. Quando elas recebem o presidente mundial e diretores, eles podem se hospedar aqui e descer para o almoço, depois ir descansar e voltar para a festa à noite. Sem necessidade de ficar se deslocando”, conta.
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O investimento no projeto ela não revela. Sabe-se apenas que será de milhões, especialmente por que o prédio do Jockey é tombado e todo projeto teve que ser aprovado previamente pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Arqueológico, Artístico e Turístico), dentre outros órgãos governamentais. A papelada entrou em andamento após a aprovação do projeto pela diretoria e conselho de administração do clube.
Apaixonada pela história do Jockey, Milva conta que está recuperando desde o piso aos lustres da casa, passando pelo bar e móveis de madeira – muitos deles guardados no acervo do clube. O trabalho, explica, exige empresas especializadas em restauração e encontrá-las é um desafio. Mesmo assim, a advogada conta estar tendo sucesso no seu projeto e diz estar feliz com a revitalização do local.
Sua primeira grande conquista poderá ser conhecida no domingo, quando ela inaugura o restaurante Valero, que tem como chef o sócio francês Pascal Valero, que já trabalhou com Alain Ducasse e, no Brasil, comandou a cozinha do restaurante Eau (do Hyatt), do francês Le Coq Hardy e do brasileiro Kaá. O novo restaurante servirá almoço executivo a R$ 65 durante a semana, além do menu à la carte, e brunch aos sábados e domingos por R$ 98. Para jantar, ele só abrirá na segunda, que é noite de páreo. “A vista é ainda mais bonita em noite de corrida.”