Os bilionários Warren Buffett e Bill Gates, segundo informações do site do CNBC, concordam que o melhor livro de negócios que eles já leram é “Business Adventures” (“Aventuras Empresariais”, na versão em português), escrito pelo jornalista especializado em finanças John Brooks.
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O clássico de 1969 – que Gates leu anos atrás por uma recomendação de Buffett – explora, de forma detalhada, alguns dos principais momentos da história dos negócios e das finanças norte-americanos. “Mais de duas décadas depois de Warren ter me emprestado o livro – e mais de quatro décadas após sua primeira edição – ‘Business Adventures’ continua sendo o melhor livro de negócios que eu já li”, diz o co-fundador da Microsoft em seu blog. “John Brooks ainda é meu escritor favorito sobre negócios.”
Uma história presente no livro é particularmente relevante para empresas nos dias de hoje: a ascensão e a queda da XeroxBrooks, que escrevia para a “The New Yorker”, fez o livro a partir de artigos que apareceram originalmente na revista. Cada capítulo é um mergulho profundo nos erros e acertos dos fundamentos empresariais. Ele detalha, por exemplo, as lições aprendidas com o chamado “Flash Crash” de 1962, quando o índice S&P 500 caiu 6,7% em um único dia, e de outros momentos cruciais do mundo dos negócios. Mas uma história presente no livro é particularmente relevante para empresas nos dias de hoje: a ascensão e a queda da Xerox. Este é um caso que serve de precaução para empresários e executivos.
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Depois de atingir um grande sucesso no começo dos anos 1960, a empresa perdeu impulso, escreve Brooks na obra. Seus executivos perderam oportunidades de criar novos produtos e, como resultado, concorrentes ganharam espaço no mercado na década seguinte.
A lição que fica é que inovadores precisam continuar inovando – ou seus negócios vão falhar. “Os executivos da empresa não acreditaram que as novas ideias pudessem se encaixar em seu core business, então decidiram não transformá-las em produtos comercializáveis”, escreveu Gates em seu blog. “Outros se posicionaram e entraram no mercado com produtos baseados em pesquisas que a própria Xerox já havia realizado”, conta.
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“Eu sei que não estou sozinho quando olho para essa decisão como um erro.” Gates acrescenta que, na realidade, um dos principais motivos do sucesso da Microsoft é não parar de inovar.