A flacidez é uma queixa das mais frequentes no consultório, principalmente entre mulheres acima dos 30 anos. Em geral, é a partir dessa idade que a pele começa a perder sua firmeza e tonicidade, em função de uma queda natural na produção de colágeno e elastina, proteínas responsáveis pela rigidez e sustentação do tecido cutâneo.
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Além do processo intrínseco de envelhecimento, fatores externos também contribuem para a perda de elasticidade da pele, como sedentarismo, tabagismo, má alimentação, ingestão de bebidas alcoólicas, exposição solar inadequada, estresse e poucas horas de sono.
Para prevenir ou adiar o problema, deve-se manter hábitos saudáveis de vida, entre os quais ter uma rotina de aplicação do filtro solar no rosto e nas áreas expostas diariamente em todas as estações do ano, praticar atividades físicas regularmente, adotar uma dieta balanceada e consumir bastante água – ela hidrata e aumenta a elasticidade da pele.
Em geral, é a partir dos 30 anos que a pele começa a perder sua firmeza e tonicidade
E quando a flacidez já se instalou? O que fazer? Se essa é sua queixa, procure logo um dermatologista. Já existem nos consultórios inúmeros protocolos de tratamento indicados para combater a flacidez facial e corporal. A escolha vai variar de paciente para paciente conforme a idade, o grau de flacidez, o histórico, a rotina e outras particularidades. São protocolos personalizados que, muitas vezes, associam várias tecnologias em busca dos melhores resultados.
A maioria dos tratamentos disponíveis tem em comum a função principal de estimular a produção de colágeno e elastina, redefinindo o contorno facial ou corporal, promovendo efeito tensor, minimizando o aspecto de rugas e linhas, melhorando os níveis de hidratação da pele e, por consequência, devolvendo a firmeza e o viço perdidos com o passar dos anos.
Entre as novidades disponíveis no mercado, destaca-se o Ultraformer, um ultrassom micro e macrofocado com ponteiras para face e corpo, que age profundamente na derme e no tecido subcutâneo, atingindo até mesmo a fáscia muscular e promovendo pontos de coagulação nesses tecidos, que geram o efeito tensor. O procedimento não tira o paciente da sua rotina e é indicado também para tratar a flacidez do pescoço, responsável pelo surgimento, em homens e mulheres, da indesejada papada.
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Já a técnica conhecida como MD Codes promove ressustentação da face e rejuvenescimento – com aspecto natural. Trata-se de um procedimento injetável e minimamente invasivo, em que o dermatologista mapeia o rosto do paciente, identificando áreas a serem trabalhadas com um preenchimento de ácido hialurônico mais profundo, que funciona como pontos de sustentação para um efeito lifting natural e sem volume. O resultado é uma aparência mais leve, jovial e harmônica. O procedimento pode ser feito em áreas como bochechas, sobrancelhas, queixo, lábios, rugas ao redor dos olhos, sulcos nasolabiais e testa.
O Coolsculpting, indicado para tratar flacidez e gordura localizada, trata a pele profundamente através da técnica de resfriamento intenso. Pode ser feito em várias regiões do corpo, como abdômen e coxas – a novidade é que agora o equipamento conta com ponteiras específicas para áreas como papada e culotes.
Outro protocolo relativamente novo é o microagulhamento de radiofrequência em três profundidades diferentes, indicado para tratar flacidez, rugas e manchas através do sistema de drug delivery. Seu mecanismo de ação remodela o colágeno e faz com que a pele recupere a firmeza e a elasticidade perdidas durante o processo natural de envelhecimento cutâneo.
Já o Sculptra (ácido poli-l-lático injetável) é uma substância segura, biocompatível e reabsorvível pelo organismo. Também estimula a produção de colágeno, aumentando a espessura da pele, deixando-a mais firme e promovendo efeito lifting. Cabe ao dermatologista avaliar o paciente e prescrever o melhor protocolo para cada caso. Procure um especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia e trate o que te incomoda, para fazer as pazes com o espelho e recuperar sua autoestima.
*Dra. Letícia Nanci é médica do Hospital Sírio-Libanês; médica-responsável pela Clínica Dermatológica Letícia Nanci; membro-efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD); da American Academy of Dermatology (AAD) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD)