Resumo:
- “O Momento de Voar”, primeiro livro da filantropa Melinda Gates, compartilha lições, histórias e mostra como o empoderamento feminino muda o mundo;
- Melinda compartilhou, durante a turnê da obra, em Londres, que parte da razão para escrever este livro foi porque sentiu que há necessidade de mais modelos femininos;
- Para a autora, pequenas mudanças de comportamento realmente podem causar impacto global.
Estudos continuam a mostrar que quando você apoia uma mulher, ela tem o poder de mudar comunidades inteiras ao seu redor. Do Fundo Monetário Internacional às Nações Unidas e ao Banco Mundial, pesquisas indicam que mais igualdade de gênero proporciona maior crescimento econômico, tanto em países desenvolvidos como em desenvolvimento. O assunto tem tudo a ver com Melinda Gates, cuja palestra na turnê de seu livro “O Momento de Voar” (lançado no Brasil pela editora Sextante), em Londres, neste mês, esgotou em 48 horas.
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Lançada aqui no Brasil em maio, a obra compartilha lições e histórias que a autora aprendeu com as pessoas que conheceu durante seu trabalho e viagens, ao apresentar os assuntos que mais precisam de atenção e mostrar “como o empoderamento feminino muda o mundo.”
Depois da turnê norte-americana, que começou em Nova York, em 24 de abril, com um evento organizado pela autora e professora da Universidade de Houston Brene Brown e sendo entrevistada por pessoas como David Letterman e Oprah Winfrey, é claro que todos querem ouvir o que Melinda tem a dizer.
Veja, na galeria de fotos abaixo, 3 insights compartilhados por Melinda Gates:
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Getty Images/pixelfit Dar às mulheres uma voz plena dá poder a todos
Na palestra em Londres, ela disse que o capítulo que mais repercutiu em todos os seus eventos foi sobre o trabalho não remunerado. A ONU Mulheres, entidade das Nações Unidas dedicada à igualdade de gênero e ao empoderamento feminino, sugere que o trabalho não remunerado de donas de casa (tarefas domésticas e cuidados dos filhos, por exemplo), é essencial para famílias e economias funcionarem, apesar de não ser valorizado.
Números oficiais do governo britânico estimam que o valor desse trabalho não remunerado era próximo de £ 19 mil por pessoa em 2016 (aproximadamente US$ 23,5 mil). Melinda diz que diariamente, no Reino Unido, as mulheres trabalham 100 minutos nestes empregos não pagos a mais do que os homens (nos EUA são 90 minutos). Em média, ao longo da vida, são cerca de sete anos sem remuneração a mais do que os homens.
A autora disse que é importante começar a mudar a dinâmica em casa primeiro, já que isso se estende a uma comunidade mais ampla: “Quando uma mulher tem sua voz plena e autoridade para tomar decisões, ela capacita todos ao seu redor”. E, como compartilha em seu livro, “para as que gastam todas as horas em funções não remuneradas, as tarefas do dia matam os sonhos de uma vida.”
Um estudo da PricewaterhouseCoopers para países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD) mostrou que melhorar a participação feminina apenas no trabalho poderia impulsionar o PIB da OECD em aproximadamente £ 4,8 trilhões (US$ 6 trilhões).
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Getty Images/Hero Images Sendo exemplo
Melinda compartilhou que parte da razão para escrever este livro foi porque sentiu que há necessidade de mais modelos femininos. Para que o empoderamento aconteça de fato, elas precisam observar mais exemplos do que é possível.
Embora muitos dos projetos da Fundação Bill e Melinda Gates se concentrem em questões de desenvolvimento global, ela também comentou que há muitas mudanças que podem acontecer em nível local. Ao mudar a maneira como aborda as coisas em sua própria casa, reconhecer o trabalho doméstico como trabalho real e solicitar o que precisa, você pode ser um exemplo para o que é esperado dos outros.
Ela compartilhou a história de como foi clara com sua própria família sobre não ser sempre a única que fica na cozinha depois do jantar para a limpeza. Um exemplo simples, porém empático, de como alguns desses padrões de comportamento são automáticos. Quanto mais exemplos de mulheres valorizadas em casa e no local de trabalho houver, mais fácil será para os outros provocarem mudanças também.
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Getty Images/pixelfit Pequenas mudanças fazem toda a diferença
“O Momento de Voar” aborda tópicos centrais que têm sido fundamentais para a Fundação Bill e Melinda Gates por mais de duas décadas, de empoderamento das mães a planejamento familiar, educação feminina, casamento infantil e mulheres no local de trabalho. Melinda encerrou sua palestra dizendo que a principal mensagem que ela quer que todos levem é que uma pessoa pode fazer a diferença na vida de outra. Pequenas mudanças de comportamento realmente podem causar impacto global.
Isso pode acontecer ao apoiar um programa que cuida de mulheres em países de baixa renda ou chamar a atenção de alguém com mau comportamento no local de trabalho. Cada um desses momentos empodera outras mulheres.
Dar às mulheres uma voz plena dá poder a todos
Na palestra em Londres, ela disse que o capítulo que mais repercutiu em todos os seus eventos foi sobre o trabalho não remunerado. A ONU Mulheres, entidade das Nações Unidas dedicada à igualdade de gênero e ao empoderamento feminino, sugere que o trabalho não remunerado de donas de casa (tarefas domésticas e cuidados dos filhos, por exemplo), é essencial para famílias e economias funcionarem, apesar de não ser valorizado.
Números oficiais do governo britânico estimam que o valor desse trabalho não remunerado era próximo de £ 19 mil por pessoa em 2016 (aproximadamente US$ 23,5 mil). Melinda diz que diariamente, no Reino Unido, as mulheres trabalham 100 minutos nestes empregos não pagos a mais do que os homens (nos EUA são 90 minutos). Em média, ao longo da vida, são cerca de sete anos sem remuneração a mais do que os homens.
A autora disse que é importante começar a mudar a dinâmica em casa primeiro, já que isso se estende a uma comunidade mais ampla: “Quando uma mulher tem sua voz plena e autoridade para tomar decisões, ela capacita todos ao seu redor”. E, como compartilha em seu livro, “para as que gastam todas as horas em funções não remuneradas, as tarefas do dia matam os sonhos de uma vida.”
Um estudo da PricewaterhouseCoopers para países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD) mostrou que melhorar a participação feminina apenas no trabalho poderia impulsionar o PIB da OECD em aproximadamente £ 4,8 trilhões (US$ 6 trilhões).
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