No dia em que o Brasil aprovou a medida da Liberdade Econômica na Câmara dos Deputados, o noticiário falava de passeatas. Manchetes em tempo real avisavam que “manifestantes em todo o país” protestavam contra os cortes na educação. Já outras manchetes diziam que o protesto era contra a reforma da Previdência. Outras ainda diziam que era contra o governo. Ou seja: era mais um mortadelaço Lula Livre.
A pauta requentada tratando um usual contingenciamento de verbas como ataque fascista à educação, milagrosamente, ainda faz sucesso. Se é só para compor uma frondosa salada de pretextos, melhor ainda. Vejamos até quando a novelinha da nuvem obscurantista sobre o Brasil vai conseguir ibope no país e fora dele.
Num ambiente sadio de circulação de informações, evidentemente todas as manchetes do planeta sobre o Brasil, naquele dia, estariam tratando da aprovação da MP de Liberdade Econômica. Uma medida sólida e estruturante que ataca os pedágios seculares da burocracia – ou seja: em qualquer lugar do mundo, uma ação virtuosa da sociedade sobre os parasitas dela. Mas o fetiche do fascismo está vendendo bem – e em time que está ganhando não se mexe.
Os parasitas do Estado – combatidos pela MP da Liberdade – são crianças de escola perto dos parasitas da comunicação. Estes irão explorar às últimas consequências a caricatura Bolsonaro, assim como fizeram com Trump. De fato, são duas caricaturas generosas para os comediantes e críticos em geral. A coisa só perde a graça quando a crítica começa a negar a realidade – no caso, a realidade governamental, que é a única que interessa em se tratando de presidentes eleitos para governar.
A medida da Liberdade Econômica não é um milagre de Bolsonaro. É uma pauta do Brasil contra o Custo Brasil. Nenhum mandatário é um iluminado providencial que vem com uma caixinha de surpresas para salvar o povo. Lula começou abrindo espaço para ações virtuosas da sociedade – a consolidação do Plano Real pela equipe de Henrique Meirelles. Depois os ventos parasitários o convidaram a virar o leme, e ele entregou o país aos salafrários. Como se vê, o mesmo mandatário pode fazer o bem e o mal – que estarão sempre lá, à espera da oportunidade.
Bolsonaro era uma incógnita, por seu perfil e seu passado. Como presidente, escolheu como sustentáculo administrativo o economista Paulo Guedes. E a agenda de Paulo Guedes – que já empurrou o país para a reforma da Previdência – é indiscutivelmente construtiva e virtuosa em qualquer lugar do mundo. Neste momento, portanto, não há nada mais caricato que o jornalismo agarrado à velha caricatura de Bolsonaro.]
Nenhum mandatário é um iluminado providencial que vem com uma caixinha de surpresas para salvar o povoTudo pode acontecer, sempre há mais dúvidas que certezas – mas fechar os olhos para o avanço das pautas que o Brasil saudável deseja, só porque o mandatário no momento não lhe agrada, é uma vergonha.
A Polícia Federal divulgou a declaração de um membro do PCC reclamando de Sergio Moro. Mais importante que isso é a queda da maioria dos índices de violência sob a gestão de Moro no Ministério da Justiça. Nenhuma dessas duas notícias teve mais destaque nas mídias nacionais e internacionais que a campanha de difamação de Moro com base em mensagens roubadas por hackers que estão presos.
Após meses de novela travestida de reportagem, não há uma mancha sequer no trabalho sem precedentes da operação Lava Jato – que levou à cadeia pela primeira vez alguns dos maiores empreiteiros do país, cúmplices do PT no maior assalto da história. Já há mais de R$ 2 bilhões só em dinheiro devolvido aos cofres públicos – e só na cabeça de militantes fantasiados de jornalistas isso tudo poderia ser chamado de armação. A luta dos democratas de butique contra o fascismo imaginário já foi longe demais.
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