Com o mercado acionário aquecido hoje (5) e a grande quantidade de recursos que entrou no Brasil, houve pressão de queda para o dólar durante todo o pregão.
O dólar fechou com queda de 0,45%, a R$ 4,239.
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No entanto, a tendência tem sido de alta da moeda norte-americana em relação ao real desde o início do ano.
No mês de janeiro, o dólar saltou quase 7% e bateu sucessivos recordes históricos nominais, para perto de 4,29 reais.
Os investidores buscaram refúgio no câmbio após a tensão Estados Unidos-Irã e, em seguida, pelo clima de aversão ao risco no mundo gerado pelo coronavírus que ainda causa preocupação.
Outra atenção do mercado de câmbio é em relação à decisão sobre juros de hoje do Copom, o Comitê de Política Monetária do Banco Central. A maioria dos participantes do mercado acredita em um corte de 0,25 ponto percentual na taxa que, atualmente, está em 4,5% ao ano.
Mais cedo, o Banco Central divulgou dados de fluxo cambial no país. Em janeiro, houve movimento negativo (saiu mais dólar que entrou no país) em US$ 384 milhões. No acumulado de 2019, foi o pior resultado da história, com um fluxo cambial negativo em US$ 44,768 bilhões.
Desde o início do ano, a participação do BC no mercado de câmbio tem sido mínima. Em janeiro, a instituição realizou apenas a liquidação (no dia 3) da recompra de US$ 24 milhões referente a linhas de venda de moeda com compromisso de recompra.
Os números divulgados pelo BC também mostraram que os bancos fecharam janeiro com posição vendida em dólar à vista de US$ 34,261 bilhões para oferecer liquidez ao mercado diante do fluxo cambial negativo.
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Luciene Miranda é jornalista especializada em Economia, Finanças e Negócios com coberturas independentes na B3, NYSE, Nasdaq e CBOT
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