A pandemia do novo coronavírus deixou o mundo em choque. Alguns olhares otimistas esperavam que o vírus nunca chegasse em seu entorno, outros simplesmente o enxergavam como uma doença de países distantes. Mas a Covid-19 não foi seletiva e pouco a pouco se espalhou pelo globo, alcançando tanto países desenvolvidos, quanto aqueles com poucas condições para lidar com uma crise dessa magnitude.
Um país com alto número de pessoas em situação de vulnerabilidade faz com que a crise econômica, a disseminação da doença e o colapso da saúde pública – maiores preocupações em meio à pandemia – tornem-se altamente reais. Infelizmente, o Brasil faz parte deste cenário.
Segundo dados divulgados em novembro de 2019 pelo IBGE, o Brasil tinha 13,5 milhões de pessoas na extrema pobreza em 2018, o equivalente a 6,5% da população. Além disso, 52,5 milhões estão na chamada linha da pobreza, vivendo com menos de R$ 420 per capita por mês. Em meio à crise atual, essa situação faz com que o isolamento social, uma das medidas mais importantes para evitar a disseminação massiva do vírus, transforme-se em uma tarefa muito mais difícil de ser colocada em prática do que em outros países.
Sem dinheiro guardado, boa parte da população brasileira depende de cada dia de trabalho para sobreviver. Muitos são trabalhadores informais, autônomos ou fazem o famoso “bico” – tudo sem carteira assinada, o que significa que não há direitos mínimos assegurados. Para os formais, a crise econômica surge também como uma assombração capaz de gerar desemprego num piscar de olhos.
Para muitos, ficar em casa sem trabalhar é impossível, enquanto para outros ter uma casa nem é uma realidade. Uma pesquisa publicada pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) em 2017, com dados de 2015, projetou que o Brasil tinha até então pouco mais de 100 mil pessoas vivendo nas ruas. Os dados são desatualizados mas, segundo o Censo da População em Situação de Rua, divulgado pela Prefeitura de São Paulo em 2019, só na capital paulista existem 24.344 pessoas sem tetos, o que mostra que os dados do Ipea, em nível nacional, podem ser bem maiores atualmente.
Sem abrigo e informação, os moradores de rua representam uma realidade preocupante de vulnerabilidade em meio a uma pandemia tão séria. Em momentos como esse, esperar que tudo se resolva apenas com a ação do estado é utopia. As empresas das iniciativa privada sabem disso e estão agindo para ajudar pessoas e comunidades vulneráveis. Com escolas e instituições abrindo suas portas para abrigar indivíduos em situação de rua, por exemplo, companhias como o Magazine Luiza vem mostrando seu apoio. No mês passado, a gigante do varejo doou 1.000 colchões e 1.000 travesseiros para um abrigo organizado no Estádio Olímpico do Pará, na Região Metropolitana de Belém (PA).
E, se existe um lado bom nisso tudo, é que as iniciativas de solidariedade estão se espalhando como um rastro de pólvora. Com 48% da população sem acesso a coleta de esgoto, segundo dados do segundo semestre de 2019 do instituto de saneamento básico Trata Brasil, diversas companhias se uniram para doar itens básicos de higiene como sabonetes, álcool gel e até água tratada.
A questão passa, ainda, pelo fato de milhões de brasileiros não possuírem acesso à água limpa em um momento em que a higiene é uma das principais medidas para conter a transmissão da Covid-19. Para tentar minimizar o problema, empresas como a Amanco Wavin, em parceria com a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), estão se mobilizando para levar 1.200 caixas d’água para moradores de comunidades da zona Sul de São Paulo que ainda não têm reservatório em suas casas.
Para o diretor comercial da Wavin, Adriano Andrade, “mais do que nunca, o abastecimento de água e o saneamento são essenciais. Os reservatórios vão evitar que os moradores fiquem sem água em situações emergenciais. Essa doação é o mínimo que poderíamos fazer para auxiliar a minimizar os impactos da pandemia na comunidade”.
VEJA TAMBÉM: Como as empresas privadas estão socorrendo o setor de saúde no Brasil
Na realidade, o apoio às comunidades vai além de uma ajuda local. É um esforço nacional para tentar impedir o colapso de diversos setores da sociedade. Para João Campos, CEO da PepsiCo do Brasil, “esse é um momento que exige colaboração e resiliência. Temos a certeza de que juntos vamos enfrentá-lo, buscando as melhores soluções possíveis”.
Veja na galeria abaixo 13 empresas que estão colaborando com iniciativas de apoio às comunidades em situação de vulnerabilidade:
-
gettyimages-Bruna-Prado L’Oréal Brasil
Na manhã de 17 de abril, a L’Oréal Brasil realizou a entrega de álcool em gel e outros produtos de higiene no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro. A empresa faz parte da campanha “Maré Diz Não ao Coronavírus”, realizada pela Redes da Maré, e a estimativa é que a doação beneficie 100 mil pessoas das 16 favelas que compõem a comunidade. Nas próximas semanas, a L’Oréal também seguirá com seu plano de doação de mais de 750 mil unidades de álcool em gel e outros produtos de higiene e cuidado pessoal a hospitais públicos e comunidades.
Segundo a gigante dos cosméticos, o objetivo é “unir forças em prol da saúde e higiene em comunidades menos favorecidas no Rio de Janeiro e em São Paulo”. Além de álcool em gel, serão distribuídos produtos de higiene pessoal como shampoos e condicionadores. Como parte do movimento “Rio Contra Corona”, coordenado pelo Instituto Ekloos e outras entidades e ajuda das ONGs Redes da Maré, Casa Amarela e Casa do Menor, os itens serão distribuídos em comunidades do Complexo do Alemão, Morro da Providência, Rocinha e Cidade de Deus. Em São Paulo, a parceria é com as ONGs Gol de Letra e Arca do Saber para distribuição nas comunidades Vila Prudente, Vila Albertina e Tucuruvi.
-
divulgação Unilever Brasil e Heineken
As duas empresas anunciaram, no dia 16 de abril, uma parceria para auxiliar comunidades na prevenção contra a Covid-19. A produção de um lote especial do limpador Cif Higienizador + Álcool, voltado à higienização e desinfecção de todos os tipos de superfícies, terá como objetivo atender às necessidades de 210 favelas de São Paulo. Para distribuir os produtos com efetividade, a iniciativa terá o suporte da Central Única de Favelas, que será responsável por fazer o produto chegar às casas das famílias a partir da segunda quinzena de abril.
A união entre a cervejaria e a multinacional de bens de consumo propiciará uma edição especial do produto feita com álcool originado das unidades fabris da Heineken. Além disso, empresas como PQS e Braslapla vão ajudar na produção das garrafas, a Westrock fabricará as caixas para transporte, a Alemolde fará as tampas e a CRX e a Trident estão participando com a arte que estampa o produto.
-
gettyimages Rappi
No olho do furacão por conta da alta na demanda de serviços de delivery nesse período de isolamento, o aplicativo de entregas Rappi também se posicionou para ajudar causas externas. A empresas colombiana se uniu ao movimento “Corona no Paredão, Fome Não”, criado pela ONG Gerando Falcões, e ajudará pessoas que vivem em comunidades carentes. Para isso, a startup criou um botão dentro do superapp que permite doação de “cestas básicas digitais”. Assim, os usuários do serviço de entrega podem contribuir diretamente, doando de R$ 5 a R$ 2.000 no próprio aplicativo.
“Sabemos que a população mais carente é a primeira que sente os efeitos da quarentena. Isso nos levou a procurar um movimento para contribuir. É uma ação muito positiva, já que leva até essas pessoas, de forma muito prática, alimentação e higiene”, explica Sergio Saraiva, presidente da Rappi no Brasil.
-
divulgação Veja
Com mais de 50 anos de mercado, a linha de produtos de limpeza estabeleceu três iniciativas de ajuda a pessoas em situação de vulnerabilidade. A primeira delas é o movimento “Veja com o Coração”, no qual a marca vai destinar R$ 1 milhão para trabalhadoras domésticas que tiveram seus trabalhos suspensos por conta do isolamento social. Além disso, a campanha está aberta no site oficial para que qualquer pessoa possa fazer doações, a partir de R$ 5, para a causa. “Essa é apenas a primeira de uma série de ações que estamos planejando fazer em solidariedade a essas profissionais. Queremos que seja o início de uma longa relação de comunicação e confiança entre Veja e as trabalhadoras domésticas de todo o Brasil”, comenta Paolo D’Orso, vice-presidente sênior da América Latina da RB Hygiene Comercial, empresa responsável pela marca.
Mas o setor doméstico não é o único foco. A empresa também está com uma ação paralela de doação de desinfetantes para entregadores do aplicativo Rappi e comunidades carentes. Ao todo, serão cerca de 18 mil litros de produtos doados. Para os motoboys, a ação vai acontecer nos seis principais pontos de deslocamento de entregadores em São Paulo entre 17h e 0h, para que profissionais já cadastrados na plataforma possam pegar de graça uma unidade de Veja Desinfetante na hora em que estiverem voltando para casa, mediante identificação no aplicativo. Já nas comunidades, a iniciativa terá apoio da ONG Teto e levará as doações a bairros periféricos dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais, Bahia e Pernambuco.
-
Anúncio publicitário -
gettyimagesMichael-Loccisano ExxonMobil
Uma das maiores empresas de óleo e gás do mundo, a ExxonMobil, também conhecida como Esso, promoverá a distribuição de cestas básicas em 52 comunidades do Rio de Janeiro, tudo por meio da campanha “SOS Favela”, criada pela ONG Viva Rio e pela Academia de Futebol Pérolas Negras para atender famílias em situação de vulnerabilidade provocada pela Covid-19. A companhia contribuirá com R$ 510 mil, beneficiando cerca de 10 mil famílias.
Rubem César Fernandes, diretor executivo da Viva Rio, diz que a ideia é ajudar a minimizar os impactos negativos que as medidas de combate ao coronavírus provocaram nas comunidades do Rio de Janeiro. “Crianças ficaram sem escola e sem merenda. Os pais, na maioria trabalhadores informais, tiveram redução drástica da renda mensal. E a densidade de pessoas por metro quadrado, aliada às péssimas condições sanitárias, tem agravado os riscos de contaminação para todos os moradores.”
-
divulgação Amanco Wavin
A marca de tubulações plásticas se conscientizou sobre a enorme quantidade de brasileiros sem água tratada e a relação dessa realidade com as medidas de proteção contra o novo coronavírus. Com a doação de 1.200 caixas d’água para moradores de comunidades de São Paulo, a iniciativa previne a falta de um recurso essencial em momentos de necessidade.
Como a companhia fez parceria com a Sabesp, o mapeamento da empresa brasileira que detém a concessão dos serviços públicos de saneamento básico no Estado de São Paulo ajuda a saber quais regiões e imóveis precisam do reservatório interno. As entregas começaram no final de março em Paraisópolis (zona oeste) e nos jardins Monte Azul e Grajaú (zona sul). As regiões norte e leste também foram beneficiadas, com entregas na Freguesia do Ó, Pirituba e São Mateus.
-
gettyimages-Denise-Truscell PepsiCo
A transnacional norte-americana de alimentos, lanches e bebidas está focada principalmente na distribuição de refeições. Via aporte financeiro da Fundação PepsiCo, a empresa prevê a doação de mais de 115 mil refeições e a distribuição gratuita de 575 mil unidades de produtos fabricados pela própria empresa, incluindo aveia, achocolatado, biscoitos e água de coco.
A iniciativa será inicialmente em comunidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Pernambuco, locais onde a empresa mantém operações industriais. Segundo a companhia, este será apenas o primeiro lote de doações, que devem se estender pelas próximas semanas e meses.
Além disso, a PepsiCo apresenta uma iniciativa específica para as cooperativas de reciclagem que pararam suas atividade devido à Covid-19. A empresa vai antecipar investimentos realizados em programas do tipo dos quais faz parte para subsidiar parte da renda dos cooperados.
“Temos um compromisso com o Brasil. Especialmente nesse momento em que toda a sociedade enfrenta os impactos do coronavírus, temos a responsabilidade de dar acesso à alimentação àqueles que mais precisam”, diz João Campos, CEO da PepsiCo no Brasil.
-
divulgação JBS
A JBS, uma das maiores indústrias de alimentos do mundo, decidiu explorar a sua divisão JBS Higiene & Limpeza para apoiar a distribuição de produtos de higiene pessoal. A produção de 2 milhões de sabonetes resultou em mais de 300 mil kits que foram distribuídos até a segunda semana de abril em diferentes regiões do país, principalmente em lares de idosos próximos às fábricas da empresa e favelas das cidades do Rio de Janeiro e São Paulo.
Para alcance efetivo nas comunidades, a JBS estabeleceu uma ação coordenada com a Central Única das Favelas (Cufa), que foi responsável pela distribuição nas duas cidades. A iniciativa fez parte do programa de responsabilidade social da JBS, “Fazer o Bem Faz Bem”.
Outra marca da companhia, a Seara, também está com medidas espalhadas por diversas cidades, majoritariamente no centro-oeste do país. Em Sidrolândia (MS), mais de 160 litros de álcool em gel, 160 litros de sanitizante e 16 galões de sabonete líquido (10 litros cada) foram doados para a aldeia indígena da cidade. Já em Passos (MG), mais de 250 kg de frango foram distribuídos entre instituições como Lar São Vicente de Paulo, Associação Espírita Santo Agostinho e Centro Padre Léo. Instituições de Brasília (Mão Amiga) e Garibaldi (Casa de Repouso Íris) receberam 300 kg e 200 kg de carne de frango, respectivamente.
-
gettyimages-sopaimages Magalu
O Magalu tem sido um grande protagonista das causas sociais durante a pandemia. A doação de R$ 10 milhões para instituições de saúde não foi o bastante para a gigante do varejo, que no mês passado doou 1.000 colchões e 1.000 travesseiros para um abrigo organizado no Estádio Olímpico do Pará, na Região Metropolitana de Belém (PA). E a empresa não ficou em apenas um lote. Até o momento, já foram 4.000 colchões e travesseiros doados para os governos estaduais do Pará e da Bahia, para onde o apoio se estendeu.
Além disso, a empresa decidiu dobrar o valor do chamado “cheque-mãe” – o auxílio-creche da companhia – para funcionárias que precisam trabalhar presencialmente e não podem ficar em casa tomando conta dos filhos nesse momento de fechamento de escolas e creches. São aproximadamente 5.500 mulheres beneficiadas.
-
divulgação Minuano
Sendo uma das marcas mais famosas na área de limpeza, a Minuano decidiu combater a proliferação da Covid-19 e auxiliar o Voluntariado do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. Com a distribuição de 50 mil kits de produtos da empresa, entre desinfetantes para o ambiente e itens de higiene pessoal, a doação com cerca de 248 toneladas será destinada a 10 mil famílias das regiões do Campo Limpo e Vila Andrade, que também abriga Paraisópolis e é o Departamento de Voluntários do hospital que ficará responsável pela distribuição dos kits.
A entrega dos insumos teve início na primeira semana de abril, mas a companhia já se pronunciou dizendo que realizará lotes de doações até agosto, pelo menos.
A ação em apoio aos voluntários do hospital não foi a primeira. Uma semana antes, a Minuano enviou kits para 25 mil famílias de Luziânia (GO) e também do distrito Jardim do Ingá, também no estado goiano. Já no Rio de Janeiro, a cidade contemplada foi Duque de Caxias, com 25 mil kits. Em nota, a empresa disse que espera, com as iniciativas, reforçar junto à população a importância da higienização no combate à pandemia.
-
divulgação Grupo AMC
Detentora de marcas como Malhas Menegotti, Colcci, Sommer, Carmelitas, Coca-Cola Jeans, Triton, Tufi Duek e Forum, o grupo têxtil se comprometeu a confeccionar 100 mil unidades de máscaras para comunidades carentes das cidades onde possuem fábricas. Na realidade, a ação é uma parceria com a Secretaria de Saúde de Itajaí (SC), que deu orientação técnica para a produção dos modelos, enquanto a empresa disponibilizou seu parque fabril e doou a matéria-prima.
-
divulgação Grupo Tigre
A multinacional brasileira com quase 80 anos de história também estabeleceu parceria com a Sabesp para distribuir 1.200 caixas d’água com capacidade de 500 litros de armazenamento para a comunidade de Paraisópolis, em São Paulo. Segundo nota da empresa, o objetivo é dar estrutura para que cada vez mais regiões consigam contar com um dos bens mais importantes para o combate ao coronavírus em seu momento mais crítico: a água.
Aliada à autoridades da saúde, empresas e ONGs parceiras, o Grupo Tigre iniciou uma série de ações principalmente nos estados de Santa Catarina e São Paulo. Além da distribuição de caixas d’água, foi feita a doação de R$ 100 mil ao fundo coordenado pela Associação Empresarial de Joinville (ACIJ) para a compra de insumos que serão destinados à prevenção e combate do coronavírus na cidade catarinense.
-
gettyimages-sopaimages Instituto GM
O Instituto General Motors (IGM), braço social da GM no Brasil, está realizando a doação de cestas de alimentos, higiene e limpeza. São mais de 5.500 produtos doados a famílias em situação de vulnerabilidade social em todas as sete cidades em que a montadora está presente no Brasil: Gravataí (RS), Joinville (SC), São Caetano do Sul (SP), São José dos Campos (SP), Sorocaba (SP), Indaiatuba (SP) e Mogi das Cruzes (SP), além da capital paulista. “Neste momento difícil que estamos passando, as relações de parceria e solidariedade precisam se intensificar ainda mais. Nossos colaboradores têm no seu DNA a vocação para o voluntariado e estamos em contato contínuo com as autoridades, apoiando as necessidades em diversas frentes”, diz Marcos Munhoz, presidente do Instituto GM.
-
Divulgação Grupo Carrefour Brasil
No final do mês de abril, o Grupo Carrefour Brasil anunciou a doação de R$ 15 milhões em cestas básicas para contribuir com a alimentação de famílias que estão em situação vulnerável neste cenário de pandemia. Além da doação direta, a companhia também inicia um grande movimento solidário chamado “Compra Solidária”, que envolve a arrecadação junto a colaboradores, clientes, fornecedores, ONGs e parceiros institucionais.
Para os clientes que querem ajudar, as doações podem ser feitas no site oficial da marca e funciona da seguinte forma: a cada R$ 1,00 doado, o Grupo Carrefour vai dobrar o valor arrecadado e transformar em vales alimentação de R$ 80 a R$ 100 para entidades que apoiam pessoas e famílias em vulnerabilidade social. As unidades do Atacadão também participam da iniciativa e estarão todas preparadas para receber doações de alimentos não perecíveis e itens de higiene.
“Como uma das principais empresas privadas do país, temos um papel social muito importante neste cenário causado pela pandemia. Milhões de pessoas perderam sua renda e é fundamental que a iniciativa privada contribua de forma efetiva para minimizar estes impactos e permitir que todos tenham acesso à alimentação”, diz Stéphane Engelhard, vice-presidente de Relações Institucionais do Grupo Carrefour Brasil.
-
Divulgação Wappa
O aplicativo de transportes e mobilidade urbana tem como meta distribuir mais de mil máscaras de proteção individual para passageiros, motoristas parceiros, comunidades carentes e Unidades Básicas de Saúde (UBS), nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília e Curitiba. As remessas serão encaminhadas semanalmente a pontos de apoio destes locais.
Além disso, a Wappa também doará mais de 3 mil cestas básicas mensalmente para comunidades como Heliópolis, Brasilândia e Jardim Peri, em São Paulo.
De acordo com Anderson Ocanha, Diretor de Cultura e Marketing na Wappa, o objetivo do projeto é ajudar tanto pessoas em vulnerabilidade quanto as que precisam sair de casa para trabalhar em atividades essenciais, como seus motoristas. “Mesmo com as orientações de isolamento social, muitos profissionais de atividades essenciais dependem do transporte de nossos motoristas, portanto criamos ações que preservem todos os trabalhadores envolvidos neste processo”, comenta.
-
Divulgação Kellogg’s
Para garantir acesso à alimentação, a empresa anunciou a doação de US$ 1 milhão em dinheiro e produtos. O montante será revertido na entrega de cerca de 25 milhões de porções de alimentos que alcançarão populações em situação de vulnerabilidade através de parcerias com entidades como a United Way e a Rede Global de Bancos de Alimentos.
“Nosso objetivo é garantir dias melhores para quem mais precisa, por meio do fornecimento de alimentos. Hoje, como sociedade, enfrentamos um enorme desafio e, por isso, devemos estar cada vez mais unidos”, afirma Nicolás Amaya, presidente da Kellogg América Latina.
“Como empresa, temos a responsabilidade social de fornecer alimentos a nossos consumidores quando eles mais precisam, e, em um momento tão difícil como esse, estamos estendendo esse compromisso às comunidades mais vulneráveis”, acrescenta Amaya.
-
Divulgação Vigor
A iniciativa da Vigor para o combate ao coronavírus envolve a doação de R$ 3 milhões em alimentos, destinados a pessoas em situações de vulnerabilidade e a profissionais da saúde. No total, serão 195 toneladas de produtos da empresa, distribuídos em itens como iogurtes, leite, margarinas e queijos.
Com ajuda da ONG Banco de Alimentos, da instituição Mesa Brasil SESC e da Associação de Moradores Fenix do Morumbizinho, em São Paulo, a distribuição dos recursos nas comunidades já estão em andamento.
O projeto não para por aí. Além da meta de levar o movimento para o Rio de Janeiro, a companhia também está doando iogurtes como agradecimento aos profissionais da saúde e de áreas de apoio que estão atuando na linha de frente no combate à Covid-19. Em geladeiras com produtos da marca que foram espalhadas por diversos hospitais, a mensagem da empresa é clara: “Obrigado por cuidarem de todos. Estamos juntos, mesmo de longe.”
-
Divulgação Instituto Unibanco
Mais de 50 mil famílias brasileiras em situação de vulnerabilidade. Esse foi o número alcançado pela doação de cestas básicas, refeições diárias e kits de higiene organizada pelo Instituto Unibanco. Por meio de parcerias com organizações sociais locais, a instituição garantiu a distribuição desses recursos para famílias moradoras de favelas e periferias do Rio de Janeiro e do Ceará, além da transferência de renda direta para 5 mil famílias em 18 estados brasileiros.
“Enfrentar uma crise como esta demanda sentido de urgência, com coordenação de informações e estruturação de processos que deem conta de fazer com que a ajuda chegue rapidamente para as populações mais vulneráveis”, afirma Ricardo Henriques, superintendente executivo do Instituto Unibanco. Para ele, a atuação com a ajuda de organizações sociais locais é fundamental: “Assim, ganhamos agilidade na distribuição de alimentos, itens de higiene e recursos a milhares de famílias. E também contribuímos para o fortalecimento das organizações e da economia local, uma vez que os produtos distribuídos são adquiridos nos próprios territórios ou nas mediações deles.”
-
Divulgação Sefras e Soul Kitchen
A parceria entre a organização sem fins lucrativos Sefras e a incubadora de projetos que conecta pessoas através do alimento, Soul Kitchen, juntou forças para ampliar a produção e distribuição de quentinhas, o que resultou no projeto batizado como “Quentinha do Bem”.
No final do mês de abril, as empresas já haviam distribuído mais de 50 mil quentinhas para a população em situação de rua, o que foi apenas um gás inicial para o movimento, que tem como objetivo durar até meados de junho e produzir 8 mil quentinhas por dia.
Mas para que isso seja possível, é necessário arrecadar R$ 960 mil, já que cada marmita de 500 gramas, que contém feijão, legumes, tubérculos e proteína, tem o custo de R$4. Esse valor cobre não só as despesas com ingredientes, mas também a manutenção de 6 cozinhas e 28 cozinheiros que atuam na produção das refeições. Para a arrecadação, a plataforma Ingresse entra como parceira, disponibilizando uma página em que é possível comprar o vale-quentinha com cartão de crédito. Uma outra maneira de ajudar, é doando alimentos para a produção das quentinhas, como arroz, feijão, macarrão, frango, carne moída, batata, óleo, farinha e chuchu.
Segundo o Frei José Francisco, diretor presidente do SEFRAS, o primeiro impacto da pandemia sobre as populações mais vulneráveis é a fome. “A alimentação é a base da vida humana e tem, além da sua importância na nutrição do corpo físico, um valor cultural e espiritual. É o ponto de comunhão e solidariedade entre as pessoas”, ressalta.
O projeto já conta com parcerias de peso, como Fazenda do Futuro, primeira foodtech brasileira a produzir carne à base de plantas com o mesmo gosto, textura e suculência da carne animal, e que já doou duas toneladas de seus produtos para a ação, e Index, agência de comunicação e PR.
-
Divulgação VRB
A empresa de produtos financeiros já possui uma divisão filantrópica que se dedica à pessoas em situação de vulnerabilidade. Porém, com o contexto pandêmico atual, a marca decidiu expandir a atuação através da distribuição de cestas básicas para comunidades fragilizadas pela pobreza e violência.
Os investimentos por parte da instituição começaram com o apoio ao “SOS Favela!”, movimento que o VRB ajudou a estruturar no Rio de Janeiro. Cestas básicas com alimentos e produtos de higiene foram entregues em 74 comunidades do estado carioca por meio dos comércios locais. Já em São Paulo, uma parceria com a ONG Ação da Cidadania garantiu a entrega de mantimentos em Heliópolis, a maior favela do estado.
As doações do VRB Impacto nas duas capitais somam 100 mil reais de investimento e vão auxiliar, no total, cerca de 80.000 pessoas, ajudando a garantir condições básicas de subsistência durante os próximos meses de incertezas econômicas.
“O trabalho voltado para as comunidades mais vulneráveis neste período é ainda mais importante. A Covid-19 pode gerar mais 12 milhões de desempregados, ampliando a desigualdade social e a miséria. Estamos travando uma guerra contra a falta de oportunidades no país e convocamos a sociedade civil para participar. Através dos fundos VRB, a filantropia deixa de ser um custo financeiro e vira uma oportunidade”, finaliza o CEO.
L’Oréal Brasil
Na manhã de 17 de abril, a L’Oréal Brasil realizou a entrega de álcool em gel e outros produtos de higiene no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro. A empresa faz parte da campanha “Maré Diz Não ao Coronavírus”, realizada pela Redes da Maré, e a estimativa é que a doação beneficie 100 mil pessoas das 16 favelas que compõem a comunidade. Nas próximas semanas, a L’Oréal também seguirá com seu plano de doação de mais de 750 mil unidades de álcool em gel e outros produtos de higiene e cuidado pessoal a hospitais públicos e comunidades.
Segundo a gigante dos cosméticos, o objetivo é “unir forças em prol da saúde e higiene em comunidades menos favorecidas no Rio de Janeiro e em São Paulo”. Além de álcool em gel, serão distribuídos produtos de higiene pessoal como shampoos e condicionadores. Como parte do movimento “Rio Contra Corona”, coordenado pelo Instituto Ekloos e outras entidades e ajuda das ONGs Redes da Maré, Casa Amarela e Casa do Menor, os itens serão distribuídos em comunidades do Complexo do Alemão, Morro da Providência, Rocinha e Cidade de Deus. Em São Paulo, a parceria é com as ONGs Gol de Letra e Arca do Saber para distribuição nas comunidades Vila Prudente, Vila Albertina e Tucuruvi.
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App Store.
Tenha também a Forbes no Google Notícias.