Um teste de coronavírus que traz resultados em pouco mais de uma hora e que não requer laboratórios está sendo implementado em vários hospitais de Londres, após receber liberação regulatória. Ele potencialmente pode testar muito mais pessoas em um curto espaço de tempo.
Em um momento no qual o Reino Unido tenta aumentar o número de testes para esboçar uma retomada da economia, o país ainda usa majoritariamente testes laboratoriais que demoram cerca de 48 horas para produzir um resultado e que exigem, muitas vezes, que as pessoas viajem por longas distâncias para centros regionais ou recebam o resultado por correio, em casa.
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Testes mais rápidos permitirão que mais pessoas voltem ao trabalho ou proporcionarão avaliações mais frequentes, o que ajudaria o primeiro-ministro, Boris Johnson, a atingir sua meta de 200 mil testes por dia, um ponto importante para encerrar o confinamento local.
A nova forma de detecção, baseada em um teste por DNA desenvolvido por um professor do Imperial College de Londres, foi aprovada pela agência regulatória no fim de abril.
Com sensibilidade de mais de 98% e especificidade de 100%, o teste DnaDudge está sendo realizado em alas oncológicas, de acidentes, emergências e nas maternidades, como prelúdio para possível aplicação massiva.
O Ministério da Saúde britânico disse que se trata de um esquema piloto e que outros testes laboratoriais também estão sendo experimentados. O NHS, sistema de saúde pública do Reino Unido, também usa outras máquinas para testar o coronavírus.
O país fez um pedido inicial de 10 mil cartuchos de DnaNudge em março e comprou outros 70 mil desde então. O preço de cada cartucho é de aproximadamente US$ 49, ou R$ 270.
“A chave é que, com esse teste, você vai direto de uma coleta salivar ou nasal para o cartucho, sem transporte e sem laboratório”, disse Chris Toumazou, professor de engenharia do Imperial College que desenvolveu o teste.
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“Você pode até olhar para pequenos fragmentos de RNA (ácido ribonucleico) e checar se um paciente está saindo ou entrando da Covid-19”, afirmou.
O teste, que requer amostra da narina, está sendo aplicado no Chelsea and Westminster Hospital, West Middlesex University Hospital, St Mary’s e no Queen Charlotte’s and Chelsea Hospital.
“Esse teste funciona e é mais sensível do que alguns realizados em laboratório”, disse o Dr. Gary Davies, diretor médico do Chelsea and Westminster Hospital. Ele afirmou que o teste está sendo usado para pacientes que dão entrada, para que se decida em qual ala devem ser colocados. (Com Reuters)
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