O presidente Jair Bolsonaro nomeou ontem (10) o pastor evangélico Milton Ribeiro como novo ministro da Educação, na esperança de encerrar um impasse sobre o comando da pasta.
O ministério está sem um titular empossado desde que Abraham Weintraub deixou o cargo em 18 de junho. Carlos Alberto Decotelli foi nomeado para a função, mas não chegou a tomar posse após a revelação de inconsistências em titulações do seu currículo acadêmico.
O novo nomeado é membro da Comissão de Ética Pública da Presidência da República, tendo sido nomeado para o colegiado por Bolsonaro em maio do ano passado.
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Doutor em Educação e mestre em Direito Constitucional, foi reitor em exercício e vice-reitor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, além de ser membro do Conselho Deliberativo do Instituto Presbiteriano Mackenzie.
Pastor evangélico da Igreja Presbiteriana de Santos (SP), Ribeiro teve passagem também pelas Forças Armadas como tenente de infantaria do Exército. É graduado em Direito e Teologia, de acordo com currículo divulgado na página da comissão de ética.
Logo após Bolsonaro anunciar a indicação do novo ministro em uma postagem no Facebook, a nomeação de Ribeiro foi publicada em decreto no Diário Oficial da União.
Em texto divulgado por Ribeiro após o anúncio, o novo ministro disse acreditar que “é hora de um verdadeiro pacto pela qualidade da educação”.
“Precisamos de todos: da classe política, academia, estudantes, suas famílias e da sociedade em geral. Esse ideal deve nos unir”, afirmou Ribeiro, segundo a mídia.
A escolha do novo nome ocorreu após várias idas e vindas entre possíveis candidatos, depois que Weintraub deixou o cargo em meio a polêmicas e foi indicado a uma diretoria no Banco Mundial, em Washington.
Inicialmente Bolsonaro anunciou a escolha de Decotelli, contudo, com a revelação de inconsistências em titulações do seu currículo acadêmico, o indicado pediu demissão em cinco dias, antes de tomar posse no comando da pasta em cerimônia no Palácio do Planalto.
Desde então Bolsonaro vinha estudando possíveis nomes, e no fim de semana o secretário de Educação do Paraná, Renato Feder, afirmou que recusou convite do presidente para o cargo de ministro da Educação.
Na terça-feira, o presidente disse que o deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO), atual líder do governo na Câmara, era um nome na “reserva” para ocupar o cargo, o que poderia liberar a liderança do governo na Câmara para partidos aliados ao governo.
Ribeiro é o quarto nomeado para o Ministério de Educação. Antes de Weintraub, o colombiano Ricardo Vélez Rodríguez ficou no cargo pouco mais de três meses, deixando a posição também em meio a polêmicas.
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Em seu perfil no Twitter, o líder do governo na Câmara e um dos nomes ventilados para comandar a pasta da Educação, deputado Vitor Hugo (PSL-GO), postou comentário sobre a nomeação de ontem.
“Desejo toda sorte e sucesso ao prof. Milton Ribeiro à frente do MEC. Conte conosco, ministro, na liderança do governo para apoiar suas pautas na Câmara dos Deputados! Força!”, tuitou o líder.
Também no Twitter, o deputado Marco Feliciano (Republicanos-SP), integrante da Frente Parlamentar Evangélica do Congresso Nacional, afirmou que a escolha de ribeiro para a pasta “não teve interferência alguma da Frente Parlamentar Evangélica”.
“Foi uma escolha do PR @jairbolsonaro que é o nosso timoneiro. Tenho certeza que o ministro contará com o apoio de todos que confiam no presidente! Conte comigo!”, publicou o parlamentar no Twitter.
Já o deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), também integrante da frente, disse em tuíte que “os presbiterianos são os mais progressistas entre os evangélicos; e vindo do Mackenzie fico com um ‘pé atrás'”.
O deputado acrescentou, no entanto, querer “o bem do Brasil e do governo, estou na torcida para que o ministro da Educação, Milton Ribeiro, retire a educação dos últimos lugares que a esquerda deixou”.
Na mesma rede social a deputada Carla Zambelli (PSL-SP), que a partir de despacho da Presidência da República divulgado na quinta-feira passa à condição de vice-líder do governo na Câmara, prometeu ajuda. “Seja bem-vindo e conte com o nosso apoio, ministro!”, publicou a deputada. (Com Reuters)
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