O governo dos Estados Unidos criou uma referência para o preço de uma vacina contra Covid-19 em um acordo de US$ 2 bilhões com a Pfizer Inc e a empresa de biotecnologia alemã BioNTech SE, anunciado ontem (22), que provavelmente pressionará outras farmacêuticas a estabelecerem preço semelhante, disseram analistas da indústria à Reuters.
O acordo, que depende de um produto aprovável, garante vacinas suficientes para se inocular 50 milhões de norte-americanos por cerca de US$ 40 (R$ 204,42) por pessoa, aproximadamente o custo de uma vacina antigripal, e é o primeiro a oferecer um vislumbre do preço provável de vacinas contra Covid-19 bem-sucedidas.
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Permite também que algumas farmacêuticas lucrem com seus esforços para proteger as pessoas do vírus que já matou cerca de 620 mil pessoas em todo o mundo – quase um quarto delas nos EUA.
Diferentemente do que acontece em outros acordos de vacina assinados pelo governo, a Pfizer e a BioNTech não serão pagas até sua vacina se mostrar segura e eficaz em um grande teste clínico essencial que deve começar neste mês.
O governo dos EUA, como outros, já havia firmado acordos para apoiar o desenvolvimento de vacinas contra Covid-19, alguns dos quais incluem entregas garantidas de doses, mas este é o primeiro a delinear um preço específico para produtos finalizados.
“O preço médio de uma vacina antigripal é cerca de US$ 40”, disse Peter Pitts, presidente e cofundador do Centro para Medicina de Interesse Público. “Parece bom com esta comparação. Está dentro da média da sensatez.”
Até agora, as outras vacinas experimentais mais promissoras mostraram dados relativamente semelhantes de segurança e eficiência, o que leva a crer que nenhuma farmacêutica em particular conseguiria cobrar muito mais do que suas concorrentes, especulou Vamil Divan, analista da empresa de biotecnologia Mizuho.
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O governo norte-americano concordou em comprar 100 milhões de doses da vacina Pfizer/BioNTech a um preço que equivale a US$ 39 pelo que provavelmente será um tratamento de duas doses, ou US$ 19,50 por dose.
Especialistas de saúde acreditam que vacinas eficazes são necessárias para vencer a pandemia, que está abalando economias de todo o mundo, mas precisariam estar disponíveis para bilhões de pessoas, e as farmacêuticas estão sendo consideravelmente pressionadas para evitar buscar grandes lucros durante uma crise de saúde global. (Com Reuters)
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