Cava, o espumante feito a partir de método tradicional, é basicamente a resposta da Espanha ao champanhe. E uma resposta bastante popular no mundo, ao lado de outros vinhos borbulhantes como o italiano prosecco. No Brasil, porém, com a liderança em espumantes importados (mais de 10% do mercado em 2019, bem à frente dos conterrâneos Bodegas Lozano, em segundo, e a famosa Codorníu, que aparece mais atrás), a Freixenet –desde 2018, controlada pelo conglomerado alemão Henkell–, deu o start em 2020, no meio da pandemia, a um reposicionamento de marca, que inclui aposta em vinhos de mesa no mercado nacional.
“Quando assumi a marca, em 2009, ela estava largada”, conta Fabiano Ruiz, diretor-executivo da Henkell Freixenet no Brasil, em entrevista exclusiva à Forbes Taste. Ele conta que fez uma análise do mercado e, já dez anos atrás, desenhou uma reforma, que passava, entre outras medidas, por abrir uma filial no país –durante anos, a Freixenet chegou ao Brasil por meio de importadores terceirizados, grandes e pequenos. “Foi super bem. Passamos de 120 mil garrafas ao ano para um milhão em 2019”, afirma.
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Com o sucesso em vendas, Ruiz entendeu que era hora de diversificar. “O Brasil ainda é um país muito jovem em consumo de vinho”, diz, entendendo que há uma tendência de crescimento e espaço principalmente para produtos com bom custo-benefício. “O consumo per capita aumento de 2,2 litros em 2019 para 2,7 em 2020, muito como efeito da pandemia do coronavírus e as pessoas em casa, mas ainda é pouco.” Além disso, muitas marcas perderam muito nos canais de restaurantes. “Esse é o ano do market share. Vou apertar a margem e ganhar em escala”, explica.
Segundo ele, o portfólio já cresceu de 30 para 60 produtos. E a marca espera chegar a 100 em 2021. A linha gira em torno de rótulos como os Freixenet veganos, vinhos italianos leves, fáceis de tomar e com preço em torno de R$ 120. A garrafa, em bico de jaca, também chama a atenção. É “instagramável”, como a geração atual gosta. Além deles, outra aposta da Henkell Freixenet é na linha IHeart, que não tem denominação de origem ou nada parecido. Aqui, a ideia é o consumo cotidiano, não a degustação com base em terroirs e afins. “É uma linha moderna, que vende muito na Europa”, fala Ruiz.
As expectativas são boas, com ou sem pandemia. “É uma marca que está há muito tempo no mercado. Não é aventureira, tem tradição e padrão de qualidade. Freixenet não tem rejeição”, aposta o executivo.
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Gastromotiva recebe investimento de R$ 4 milhões
A ONG voltada à alimentação Gastromotiva acaba de fechar uma parceria de três anos com a Sealed Air Corporation. Com o investimento de cerca de R$ 4 milhões, a entidade pretende criar, com a empresa, um módulo educacional global sobre embalagens sustentáveis e redução de resíduos alimentares, ampliar sistemas de desenvolvimento de força de trabalho e expandir sua plataforma de educação.
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Charco inaugura menu degustação
O restaurante paulistano tocado pelos Under 30 Tuca Mezzomo e Nathalia Gonçalves acaba de lançar um menu degustação. O cardápio em sete etapas da casa, que entrou na categoria Bib Gourmand, de ótimo custo-benefício, do Guia Michelin, custa R$ 190. Com mais R$ 110, é possível fazer harmonização com quatro vinhos produzidos especialmente para o Charco. Os pratos priorizam ingredientes frescos e sazonais e incluem iguarias como Snack de mousse de fígado de pato e compota de cebola e Vieira, sumissô e leite de coco tostado (foto).
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Eugênia Café recebe Ají e Polska
O Ají Cocina y Bar e o Polska Cafe & Pierogi eram queridinhos do bairro paulistano de Pinheiros que fecharam as portas recentemente. Neste mês, no entanto, vai dar para matar a saudade das casas no Eugênia Café Bar. No sábado (17), o ex-chef do Ají Julio Morillo vai servir um menu composto por ceviches, arroz chaufa terra (de frango e de filé mignon) e drinques de pisco. Já no dia 31, Verônica Bilyk, do Polska, oferece porções de pierogis, o pastelzinho típico polonês, além de sopas e drinques com inspiração no país. Ambos os cardápios saem por R$ 120 por pessoa. Reservas pelo Instagram @eugeniacafebar ou pelo e-mail [email protected].
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Adega Portugal lança guia de vinhos 2020
Acontece hoje o lançamento do Adega Portugal Guia de Vinhos 2020. A obra que custa R$ 75 traz análise de mais de 500 rótulos da terrinha e ainda vem com QR Code que dá acesso aos sites de loja e importadores para compra das garrafas desejadas. É a primeira vez que um guia oferece o recurso.
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