A produção de vinhos no Chile pode não ser tão antiga como na França, mas tem alcançado nível de excelência internacional nos últimos anos, com uma série de vinícolas produzindo rótulos com pontuações altíssimas nos mais famosos rankings da enocultura e formando excepcionais adegas de vintages. É o caso da Errazuriz, bodega que completa 150 anos em 2020, que está com o lançamento não só de uma edição especial de sua melhor produção, mas também com a disponibilização no mercado de safras antigas especiais.
O vinho que celebra o aniversário, Don Maximiano Founder’s Reserve 2017 (R$ 953,90), atingiu 96 pontos no celebrado índice James Sucking (bem como no Tim Atkins e no Descorchados). No entanto, o mais interessante são os rótulos que saíram diretamente da adega particular da vinícola e chegam agora ao mercado depois de anos de maturação na garrafa.
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O Founder’s Reserve 1983 (R$ 1.499) é o mais antigo nas prateleiras e guarda diferenças interessantíssimas com o rótulo mais jovem, mostrando a evolução da marca –a começar pela uva. O 1983 é um varietal cabernet sauvignon, enquanto o 2017 trata-se de um blend de 67% cabernet sauvignon, 12% malbec, 8% carmenere, 7% petit verdot e 6% cabernet franc. Ambos, o jovem e o maduro, são vivos na boca, mas denotam a preocupação da vinícola em passar do bom ao excelente.
“Há uma evolução minha como enólogo e do Chile. O que busco hoje é um vinho de taninos refinados, com acidez e equilíbrio”, fala Francisco Baettig, enólogo da Errazuriz, que é representada no Brasil pela Grand Cru. “É provável que vinhos como o 1983 e o 1990 fossem mais difíceis quando jovens”, pontua, explicando que o processo de guarda de vinhos para posterior prova e entendimento só começou no Chile na década de 1980, poucos anos antes da descoberta da uva carmenere, símbolo do país. “Queremos acabar com a ideia de que vinho chileno bom é vinho jovem.”
Por aqui, as safras disponíveis do icônico Don Maximiano Founder’s Reserve são 1983, 1984, 1989, 1990, 2007, 2009, 2015 e 2017. Por que não há todas no mercado desde que o rótulo que homenageia o fundador da vinícola começou a ser produzido? “Há safras com pouquíssimo estoque. A de 2000, por exemplo, tem algumas dezenas de garrafas.” O que não significa que os outros vintages são pouco raros. No Brasil, a Grand Cru disponibiliza, por exemplo, 120 garrafas das apenas 1.200 colocadas à venda pela Errazuriz da safra 1983.
Bom exercício para quem quer montar uma enoteca e conhecer mais da produção chilena.
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Pizzaria Veridiana celebra 20 anos com cardápio especial
A boa Pizzaria Veridiana, na capital paulista, comemora duas décadas de funcionamento com um menu especial –aprovado por Forbes Taste. Entre as novidades que ficam no cardápio até o fim do ano, a casa tem opções de entrada, como o Pão de Escarola artesanal, com escarola, pinole, uva passa e azeitonas (R$ 27), e sobremesa, com a Torta Veridiana (R$ 25 a generosa fatia), de massa de cacau, creme de mascarpone e calda de chocolate amargo. Nas redondas, são três sabores novos, com destaque para a Fonduta Bianca (R$ 95 a grande), com creme de queijo parmesão e leve toque de gorgonzola fundidos, taleggio em pedaços e cogumelo portobello.
Veridiana
R. Dona Veridiana, 661, Consolação, tel. (11) 3120-5050. Segunda a domingo, das 18h às 22h, e sexta e sábado, das 18h à 1h. Mais dois endereços.
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Hilton faz primeira edição do Jantar Cego
Até o dia 19 de dezembro, aos sábados (exceto na próxima semana quando acontece na sexta, dia 20), o Hilton São Paulo Morumbi recebe pela primeira vez no Brasil o Jantar Cego. A experiência que une música e gastronomia acontece às escuras e tem na brigada de serviço e na banda profissionais cegos. A refeição é preparada pelo chef do hotel, Rodrigo Mezadri, em quatro etapas, com acompanhamento de vinho ou suco. Os ingressos custam entre R$ e R$ 260 e estão à venda pelo Sympla.
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Severine Frerson é nomeada primeira chef de cave da Perrier-Jouët
A bicentenária Maison Perrier Jouët acaba de nomear a primeira mulher a ser chef de cave da vinícola. Oitava pessoa a ocupar o cargo, Severine Frerson veio da Piper-Heidsieck e é natural da região de Champagne. Severine passou por dois anos de aprendizado com Hervé Deschamps, que ficou 20 anos à frente da produção da marca, seguindo fielmente os passos de seu antecessor, André Baveret.
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