Data celebrada nos Estados Unidos, Canadá, México, Inglaterra, Argentina, Coreia do Sul, Filipinas, França, Itália e Austrália, o 14 de fevereiro traz algumas curiosidades. Na língua inglesa o vermelho é traduzido como “red”, que também pode ser usado para falar sobre o vinho tinto (“red wine”). Mas por que as cores mais usadas nesta data são vermelho, branco e rosa?
O vermelho significa amor, símbolo do coração. A rosa vermelha era a favorita de Vênus, deusa romana do amor. Vermelho e branco dá rosa, que é usado nessa celebração com amigos e familiares, deixando o vermelho para relações mais românticas. E a origem dessa lenda tem algumas versões. Todas elas misteriosas, seja romana ou cristã.
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Uma das lendas diz que Santo Valentino era um padre que servia a igreja no terceiro século em Roma. Quando o imperador Claudio II decidiu proibir casamentos entre jovens, pois segundo ele, os jovens solteiros eram melhores soldados do que os casados, Santo Valentino, indignado com tamanha insensatez, continuou a realizar casamentos entre jovens, escondido. O imperador, quando descobriu, o sentenciou à pena de morte.
Outra versão é que Valentino (que também é uma marca famosa de roupa italiana cuja cor assinatura é o vermelho), tenha sido morto ajudando os cristãos a escapar das prisões romanas, onde eram violentados e torturados. Segundo a lenda, um prisioneiro escreveu um cartão apaixonado para a filha de um outro prisioneiro, o pai que ela vinha visitar. Esse cartão teria sido escrito antes da sua morte e assinado: “From your Valentine” (do seu namorado ou admirador), uma expressão usada até hoje.
Apesar de não existir uma precisão nessas lendas, as histórias são heroicas, e mais importante, românticas. Na Idade Média, por causa de sua reputação, Valentino se tornou um dos mais famosos santos na Inglaterra e na França.
Enquanto alguns acreditam que a data caiu no meio de fevereiro para marcar a morte de Valentino, outros creem que a data tenha sido determinada pela igreja para “cristianizar” o evento de Lupercalia, um festival pagão de fertilidade dedicado a Faunus, deus romano da agricultura, além dos fundadores de Roma, Romulus e Remus.
Depois do sacrifício de animais, de uma ceia e de tomar vinho (claro), os homens corriam pelados e escolhiam um nome de um jarro, que todas as mulheres tinham, e esta ficava com ele durante o festival. Muitas vezes eles ficavam juntos até o próximo festival, muito se apaixonavam e alguns se casavam.
O meio de fevereiro também coincide com o acasalamento dos pássaros, o amor está no ar!
O primeiro registro dessa celebração como oficialmente romântica foi através do poeta inglês Geoffrey Chaucer ao escrever o seu poema que data de 1375, “Parliament of Foules” (Parlamento das Multidões).
O texto mais antigo ainda existente é um poema de 1415 de Charles, Duque de Orleans, para sua esposa enquanto estava preso na Torre de Londres. Este manuscrito está na Biblioteca Britânica em Londres, Inglaterra.
Por volta de 1900, cartões impressos começaram a substituir os escritos à mão. Com frases prontas, facilitavam a comunicação em uma época em que a expressão dos sentimentos era desencorajada. Hoje nos Estados Unidos o envio de cartões do Dia dos Namorados é o segundo maior, perdendo apenas para o Natal.
No Brasil a comemoração é em junho pois, além de fevereiro ser perto do Carnaval, a data foi escolhida por anteceder o Dia de Santo Antônio, 13 de junho, padroeiro dos solteiros. A troca é muito similar aos outros países.
Voltando às cores vermelho, branco e rosa (“red, white and pink”), elas se encaixam perfeitamente nas opções de vinhos. Pode ser branco, tinto ou rosé. Se for champanhe rosé então, o topo da cadeia é atingido para uma comemoração amorosa.
O que vale é a oportunidade de lembrarmos e nos conectarmos, sempre que possível, com os amores de nossas vidas. Rótulos que tenham as cores do tema, alguma inspiração, histórias sobre a vinícola, ou uma produção específica, acabam sendo um motivo a mais para romantizar o momento. Pergunte ao seu fornecedor de vinho, com certeza vai encontrar algo interessante no seu budget.
Tim tim com amor!
Carolina Schoof Centola é empreendedora do mundo do vinho plus sommelière, especializada na região de Champagne. Em Milão, foi a primeira mulher a participar do primeiro grupo de PRs do Armani Privé.
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