A crononutrição estuda qual o melhor horário para cada tipo de refeição e os alimentos que a compõem. Sabemos que ao longo do dia, nosso organismo atua de uma determinada forma, e ao nos alimentarmos em cada período, ou seja, manhã, tarde ou noite, o alimento atua de uma maneira.
Não se trata aqui de restringir alguns alimentos e sim ingeri-los nos momentos adequados dentro das 24 horas do nosso dia.
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Esta questão está muito ligada ao nosso ciclo circadiano, também conhecido como ritmo circadiano, que é como o nosso organismo se comporta durante todo o dia, desde o momento em que acordamos até o momento em que vamos dormir. Os diferentes tipos de luminosidades, influenciam o nosso organismo e isso causa algumas sensações diferentes como a fome e o sono por exemplo.
O nutricionista francês Alain Delabos foi quem desenvolveu essa ideia em 1942.
O gene que exerce a função na regulação do ritmo circadiano é o gene CLOCK, nome um tanto quanto sugestivo mas que remete muito ao nosso “relógio biológico”.
Alterações nesse gene (polimorfismos) podem alterar as suas funções o que acarreta mudanças comportamentais e alimentares. Por isso, conciliar nutrição e genética, faz com que o diagnóstico seja muito mais assertivo, explicando assim, as respostas fisiológicas de cada ser humano.
Para trazermos essa ideia para a prática, devemos ter em mente as particularidades e individualidades de cada pessoa. Cada ser humano reage de uma determinada forma e isso deve ser levado em conta para conseguir entender como cada um funciona, por isso a individualização sempre do tratamento.
A pergunta sempre será: o que comer e em qual momento?
Mas algumas situações são importantes para fixarmos a nossa atenção, como por exemplo: não pular o café da manhã; dormir bem, pois um sono ruim pode levar ao aumento da ingestão de alimentos e de má qualidade; e também, ingerir maior número de calorias pela manhã, pois nesse período é quando a queima de gordura é melhor e ainda, conseguimos reduzir as calorias nos demais períodos.
O importante é termos em mente que cada pessoa responde de uma forma a um determinado planejamento nutrológico. Por isso a importância da individualização e das boas escolhas dos alimentos.
Eduardo Rauen é médico nutrólogo e diretor técnico do Instituto Rauen (Instagram: @institutorauen)
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