O Congresso Nacional discute a aprovação de um Projeto de Lei que estabelece março como Mês de Conscientização sobre o Câncer de Cólon e Reto, também conhecido como câncer de intestino ou colorretal. O PL 5.024/2019 prevê, também, a promoção de campanhas informativas sobre a doença e orientações sobre formas de prevenção.
Iniciativas como esta são importantes para alertar a população sobre um dos tipos de câncer mais incidentes na população brasileira. Por ano, são mais de 41 mil novos casos registrados no país, segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer). É o segundo tipo de tumor que mais acomete os homens (depois de próstata) e as mulheres (depois de mama) no Brasil.
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O câncer colorretal é o tumor mais importante do sistema digestivo e se caracteriza por ser uma doença muito ligada ao estilo de vida. Desta forma, uma dieta rica em vegetais, frutas e fibras, e pobre em carnes vermelhas e processadas, a manutenção do peso e a prática regular de atividade física são iniciativas que ajudam muito na prevenção, na melhoria das chances de cura e para evitar a volta da doença, quando já tratada. Além de cuidar da alimentação, o tabagismo e o consumo de bebidas alcoólicas devem ser evitados.
Insisto no alerta de que a prevenção é sempre o caminho mais seguro para os melhores desfechos em Oncologia. Para o câncer de intestino e reto, além de hábitos saudáveis, o exame de colonoscopia, realizado a partir dos 45 anos, pode auxiliar no diagnóstico precoce. Grande parte desses tumores se desenvolve a partir de pólipos, lesões benignas ou pré-malignas que podem crescer na parede interna do intestino grosso, identificadas por meio deste exame, que são removidas durante a colonoscopia com grande eficácia.
O câncer colorretal é tratável e, na maioria dos casos, apresenta grandes chances de cura, se detectado precocemente. O tratamento depende principalmente do tamanho, localização e extensão do tumor.
Os sintomas mais comuns são sangue nas fezes, alterações como diarreia e prisão de ventre alternados, dor ou desconforto abdominal, fraqueza e anemia, perda de peso sem causa aparente, alteração na forma das fezes e massa (tumoração) abdominal.
Mantenha a atenção aos sinais do corpo e, em caso de dúvidas, não hesite em ter uma boa conversa com seu médico.
Fernando Maluf é cofundador do Instituto Vencer o Câncer e professor livre-docente da Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo.
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