Investir bem o seu dinheiro é o melhor caminho para garantir a tão desejada estabilidade financeira. Contudo, trata-se de uma decisão que tem uma boa dose de incertezas, como por exemplo, o risco envolvido.
Todos sabemos que risco sempre irá existir, por isso, sua gestão é um aspecto crucial do investimento que pode ajudar você a navegar por essas incertezas e maximizar o potencial de retorno.
Entendendo os Riscos nos Investimentos
Há vários tipos de riscos inerentes aos investimentos, e cada um deles com seus desafios específicos. Sem conhecer os riscos envolvidos nos investimentos, a chance de chegar aos melhores retornos diminui bastante.
Sendo assim, antes de implementar seu planejamento de investimentos, entenda o seu porquê, mapeie os riscos e compreenda quais as consequências de cada um deles e quais as ferramentas que você possui para lidar com cenários ruins. Isso feito, aí sim será o momento de pôr em prática seu planejamento.
Dentre as variadas categorias de risco, temos pelo menos três que todo investidor precisa conhecer:
- Risco de Mercado: Este é o risco de possíveis perdas devido a flutuações nas condições gerais de mercado, influenciadas por inúmeros fatores, como taxas de juros, inflação, indicadores econômicos, eventos geopolíticos e etc.
- Risco de Crédito: Refere-se ao risco de perdas decorrentes da inadimplência por parte de um emissor de dívida, risco de rebaixamento na classificação de risco, que pode causar queda nos valores de ativos, e risco de spread, que significa que o ganho do investidor com um ativo de risco deixou de ser competitivo se comparado ao ganho com um ativo livre de risco.
- Risco de Liquidez: é o risco potencial de não conseguir comprar ou vender um investimento rapidamente e a um preço justo.
Avaliação e Tolerância ao Risco
Uma avaliação sistemática dos riscos envolve identificar e categorizar os principais fatores que podem afetar o desempenho de um investimento. A tolerância ao risco é a capacidade que você, enquanto investidor, tem de aceitar eventuais perdas em busca de retornos mais elevados.
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Há vários métodos para avaliar riscos e, normalmente, gestores, analistas de mercado, instituições financeiras e consultores independentes utilizam vários desses métodos para mensurar o quanto uma estratégia está em linha com o perfil do investidor, ou o quanto determinado produto de investimento é ou não viável.
Além dessas avaliações feitas por profissionais de mercado e que podem auxiliar quanto às suas alocações, também é importante que você atente às circunstâncias de mercado e suas metas pessoais. A disciplina de manter-se informado, estudar as especificidades de cada investimento e conhecer seu perfil de risco, irá evitar decisões impulsivas, movidas por medo ou ganância, mitigando parte dos riscos.
Diversificação e Alocação de Ativos
A diversificação é uma estratégia fundamental que envolve a alocação de investimentos em várias classes de ativos, setores e até mesmo regiões geográficas, visando reduzir o risco da carteira.
Se houvesse uma única palavra para eu te pedir que grave em sua jornada investidora, certamente essa palavra seria diversificação, pois uma alocação bem planejada irá ajudar você a tomar decisões menos emocionais e mais focadas no planejamento que traçou e essa conduta é uma das formas mais eficazes de gerenciar riscos.
Aprenda sobre proteção de carteira
Tão importante quanto a diversificação, é a preservação de capital através do gerenciamento da volatilidade da carteira durante as turbulências do mercado. Para fazer isso, é possível utilizar instrumentos como derivativos e contratos futuros.
Vale reforçar, entretanto, que para incorporar essas alternativas como forma de mitigar riscos da carteira, é necessário muito estudo e acompanhamento de mercado, pois ao mesmo tempo em que podem ser uma excelente proteção à carteira, se utilizados erroneamente, podem potencializar perdas.
Otimize seus investimentos
Se você está iniciando no mundo dos investimentos, otimizar seus investimentos é algo que você precisa aprender o quanto antes, e os primeiros passos são:
- Defina seu porquê: os seus objetivos financeiros, como crescimento de capital, renda ou preservação de capital, definirão todo o resto.
- Compreenda sua tolerância ao risco: conhecer seus limites emocionais e materiais vai ajudá-lo a manter uma carteira alinhada com sua capacidade de suportar flutuações de mercado.
- Estabeleça um horizonte de tempo: O período de tempo em que seus investimentos serão mantidos influenciará as decisões de alocação de ativos, com horizontes mais longos geralmente permitindo uma maior exposição a ativos de maior risco.
Se você adotar em seus investimentos uma abordagem com foco, disciplina, constância de aportes e uma gestão de riscos realista, estará mais bem preparado para enfrentar os desafios do mercado financeiro e alcançar seus objetivos de investimento a longo prazo.
Eduardo Mira é formado em telecomunicações, com pós-graduação em pedagogia empresarial e MBA em gestão de investimento. É analista CNPI, certificado CPA10 e CPA20, ex-gerente do Banco do Brasil e da corretora Modal.
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