Pelo segundo ano consecutivo, Nova York foi eleita a cidade mais inteligente do mundo, segundo o IESE Cities in Motion Index. Londres e Paris também mantêm suas posições, logo atrás da primeira colocada, e ocupam o segundo e terceiro lugares, respectivamente.
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A Europa, com 12 cidades classificadas entre o Top 25, é mais uma vez o continente de melhor desempenho, seguido pela América do Norte, com seis; Ásia, com quatro (todos no top 10); e Oceania, com três.
Entre as brasileiras no ranking, nenhuma está entre as 10 primeiras colocadas: todas ocupam posições na segunda metade da lista composta por 165 cidades. A capital paulista ocupa a 116ª colocação. Em seguida, vem o Rio de Janeiro, na 126ª; Curitiba, na 135ª; Brasília, na 138ª; e Salvador e Belo Horizonte, na 147ª e 151ª posições, respectivamente.
O que é uma cidade inteligente?
A quinta edição do índice analisa o nível de desenvolvimento de 165 municípios de 80 países, em nove dimensões consideradas fundamentais para uma cidade inteligente e sustentável: capital humano (desenvolvimento, atração e promoção de talentos), coesão social (consenso entre os diferentes grupos sociais de uma cidade), economia, meio ambiente, governança, planejamento urbano, alcance internacional, tecnologia, mobilidade e transporte (facilidade de locomoção e acesso a serviços públicos). O ranking é preparado pelo Centro de Globalização e Estratégia do IESE Business School.
Embora a maioria dos índices de cidades inteligentes se concentre apenas no uso de tecnologia inteligente ou em medidas específicas de sustentabilidade ambiental, para ter um bom desempenho nessa classificação, o local precisa apresentar bom desempenho em diversificados pontos. Afinal, não é satisfatório ter uma cidade ambientalmente amigável se o crime e o desemprego são tão altos a ponto de ninguém desejar morar lá.
Nova York, Londres e Paris apresentam bom desempenho, pela boa pontuação em quase todos os critérios usados no índice. A cidade mais populosa dos Estados Unidos ocupa o primeiro lugar, em geral, devido à sua posição pioneira como o centro econômico mais importante do mundo, além de ter o melhor planejamento urbano.
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Em segundo lugar, Londres se destaca quanto ao capital humano pelo elevado número de escolas de negócios e universidades de qualidade. Enquanto isso, Paris, a segunda cidade com maior número de turistas internacionais, é a primeira em divulgação internacional e em mobilidade e transporte, graças aos trens de alta velocidade e ao seus sistemas de metrô e de compartilhamento de bicicletas.
No entanto, todas as três cidades ainda lidam com a questão da coesão social e estão na parte inferior do ranking nesse recorte. Isso reflete o fato de existir altos níveis econômicos (em termos médios) e, ao mesmo tempo, injustiça e desigualdade, o que pode levar a problemas entre os diferentes estratos da sociedade. Segundo os autores do relatório, “um dos maiores desafios para as cidades é se transformar em centros urbanos que sejam simultaneamente prósperos, equitativos e inclusivos”.
Encontrar o equilíbrio nas várias áreas de avaliação é um processo complexo e contínuo que requer uma visão global. Não basta se destacar em uma área, como é o caso de Montevidéu, Bangcoc, Kiev e Doha, todos localizados na metade inferior do ranking, porque que são cidades desequilibradas. De fato, apenas um seleto grupo, como Amsterdã, Seul e Melbourne, são moderadamente boas em todas as dimensões. E é difícil combinar certos aspectos, ou seja, poder econômico com coesão social, bem como mobilidade e transporte com meio ambiente.
Sobre o ranking
O índice pode agir como uma ferramenta para prefeitos, gestores municipais, empresas e grupos de interesse que querem melhorar a qualidade de vida dos moradores da cidade. Estudar os centros urbanos mais avançados em cada categoria proporciona inspiração para identificar as melhores práticas para mais inovação, sustentabilidade, equidade e conectividade.
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Essa quinta edição do ranking apresenta algumas atualizações importantes em relação aos anos anteriores: o número de indicadores utilizados aumentou significativamente e a análise foi enriquecida com novos dados, como o número de ataques terroristas, os níveis de conformidade da ISO 37120 (conhecidos como o padrão da cidade inteligente) e até mesmo variáveis prospectivas, como as projeções do PIB per capita e o aumento das temperaturas.
Veja na galeria de fotos abaixo, as dez cidades mais inteligentes do mundo em 2018 e as brasileiras citadas no ranking:
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10 cidades mais inteligentes do mundo em 2018 - iStock 151ª. Belo Horizonte
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10 cidades mais inteligentes do mundo em 2018 - iStock 147ª. Salvador
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10 cidades mais inteligentes do mundo em 2018 - iStock 138ª. Brasília
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10 cidades mais inteligentes do mundo em 2018 - iStock 135ª. Curitiba
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10 cidades mais inteligentes do mundo em 2018 - iStock 126ª. Rio de Janeiro
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10 cidades mais inteligentes do mundo em 2018 - iStock 116ª. São Paulo
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10 cidades mais inteligentes do mundo em 2018 - iStock 10ª. Amsterdã, na Holanda
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10 cidades mais inteligentes do mundo em 2018 - iStock 9ª. Hong Kong, na China
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10 cidades mais inteligentes do mundo em 2018 - iStock 8ª. Toronto, no Canadá
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10 cidades mais inteligentes do mundo em 2018 - iStock 7ª. Cidade Especial de Seul, na Coreia do Sul
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10 cidades mais inteligentes do mundo em 2018 - iStock 6ª. Singapura, em Singapura
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10 cidades mais inteligentes do mundo em 2018 - iStock 5ª. Reiquiavique, na Islândia
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10 cidades mais inteligentes do mundo em 2018 - iStock 4ª. Tóquio, no Japão
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10 cidades mais inteligentes do mundo em 2018 - iStock 3ª. Paris, na França
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10 cidades mais inteligentes do mundo em 2018 - iStock 2ª. Londres, no Reino Unido
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10 cidades mais inteligentes do mundo em 2018 - iStock 1ª. Nova York, nos Estados Unidos
151ª. Belo Horizonte