Muitos empreendedores têm diversas dúvidas sobre como gerar oportunidades por meio de mídia. Construir uma estratégia de comunicação eficiente é um dos principais pilares para que qualquer empresa possa prosperar atualmente. No entanto, ao contrário do que era feito há alguns anos, hoje o investimento em comunicação vai além das impressões e cliques gerados pelo SEO e dos anúncios publicitários. Num passado não muito distante, houve uma ideia deturpada que o departamento de comunicação (PR, publicidade, marketing, social media etc.) era o primeiro gasto a ser cortado num período de crise.
Hoje a comunicação atua diretamente na geração de leads e oportunidades por meio do marketing de conteúdo. Depois de muitos anos, o mercado percebeu que as métricas de impressões muitas vezes eram cortina de fumaça e que o verdadeiro valor de um bom conteúdo nunca foi “lido”.
Os profissionais de SEO notaram que o valor do conteúdo não estava na leitura do mesmo, e sim na ação motivada por ela. Ou seja, ao invés de um conteúdo pensando apenas em palavras-chave para melhor posicionamento no Google, o ideal é que o texto transforme o leitor em um cliente.
Os setores de turismo e lazer fazem isso muito bem. Com uma publicação bem feita e estruturada sobre algum ponto turístico, uma agência de viagens pode converter dezenas, centenas e até milhares de clientes que se seduziram com a descrição do lugar, com fotos e vídeos dos pontos turísticos. Escrever algo que vale a pena ser lido transforma o leitor em cliente.
Outra área bastante fértil neste sentido é a de educação. Companhias podem utilizar aulas gratuitas ou tutoriais como isca para que os possíveis futuros clientes assistam como “trial” ou “demo” para conteúdos mais profundos e complexos.
Este tipo de “Call to Action” baseada em conteúdo relevante tem trazido à tona um momento que alguns especialistas têm chamado de “Era do eService”, que consiste na utilização de tecnologias de informação e comunicação (TIC), como por exemplo o Zoom, em diferentes áreas, de maneira que o fornecedor não precise mais interagir diretamente com o cliente.
Sem dúvida a pandemia de Covid-19 apressou a consolidação deste cenário. Mais do que nunca, hoje as pessoas consomem aulas de culinária e preparadores físicos remotos, entre outras formas de capacitação.
Para que o conteúdo se torne um produto e, consequentemente, receita para a companhia, esse conteúdo deve ter um valor inerente a um desejo ou uma necessidade. SEO funciona apenas para atrair o cliente neste cenário, mas não pode nem deve ser tratado como conteúdo de valor.
Essa evolução criou valor agregado ao conteúdo disponível na internet. Se tal qualidade se manterá nós só saberemos com o tempo. Mas já podemos afirmar que houve a remoção do intermediário entre o provedor e o cliente, que é a promessa de um mercado digital verdadeiramente valioso. O universo do marketing de conteúdo deve se manter desta forma por algum tempo, por isso todos os empreendedores devem capacitar uma equipe e tratar a geração de conteúdo de qualidade como uma prioridade em seus negócios. Afinal, mais do que nunca, conteúdo certeiro é uma fonte de receita.
Camila Farani é um dos “tubarões” do “Shark Tank Brasil”. É Top Voice no LinekdIn Brasil e a única mulher bicampeã premiada como Melhor Investidora-Anjo no Startup Awards 2016 e 2018. Sócia-fundadora da G2 Capital, uma butique de investimentos em empresas de tecnologia, as startups.
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