Acelerar a transição global para sistemas de transporte mais seguros, limpos e inclusivos, otimizando a entrega de mercadorias e garantindo fácil acesso à mobilidade para todos é a demanda do século 21.
A mobilidade – o movimento de pessoas e bens – fornece acesso a empregos, educação, saúde e comércio. No entanto, os sistemas de mobilidade de hoje não podem atender à exigência futura sem aumentar o congestionamento e a poluição.
Investimentos em negócios que geram melhoria na qualidade de vida estão na ordem e na pauta de qualquer carteira.
À medida que a atividade econômica se concentra nos centros urbanos, a desigualdade e a exclusão afetam centenas de milhões de pessoas em todo o mundo, deixando uma absurda assimetria de acesso as soluções de mobilidade.
Estimativas projetam que a população mundial aumentará para 10 bilhões em 2050. Diante desse rápido crescimento, os sistemas de mobilidade nas metrópoles estão sendo sobrecarregados. Assim, há um desafio: como garantir equidade de mobilidade sustentável e inclusiva?
Tecnologias de ponta, como veículos elétricos, veículos autônomos (EAVs), biometria e drones, à guisa de ilustração, estão criando oportunidades para transformar a mobilidade, permitindo modelos de negócios inovadores.
De acordo com o Fórum Econômico Mundial, os chefes de nações, investidores, CEOs e presidentes de organizações demonstram alinhamento na agenda das iniciativas do sistema de mobilidade, vis-à-vis aos objetivos do desenvolvimento sustentável das Nações Unidas – ODS.
Não à toa, o Fórum enfrenta esses desafios induzindo o fomento em investimentos em mobilidade elétrica e urbana.
As iniciativas de mobilidade veicular verde reúnem líderes governamentais e empresariais para acelerar a implementação de frotas de veículos elétricos e compartilhados para enfrentar os já comentados desafios da mobilidade urbana, identificar lacunas nas estruturas de governança atuais e testar novos marcos de políticas e protocolos.
No Brasil, há investimentos privados dessa natureza. Basta que se reconheça a coalizão público-privada existente na cidade de Fortaleza.
Idealizado em 2016, o sistema inteligente de mobilidade urbana – Vamo, é um belo exemplo de investimento privado de impacto social, ambiental e de governança positiva – ESG. Trata-se de uma plataforma digital integrada a uma frota de carros elétricos compartilhados, tudo semelhante ao sistema de compartilhamento de bicicletas e uma infraestrutura – estações de carros – compatível ao modal elétrico.
A plataforma Vamo, de um lado, incorpora um modelo público regulador inovador, aliás, diga-se de passagem, a ousadia do gestor público municipal define muito bem o propósito transformador da cidade. Por outro, a sintonia fina entre as empresas parceiras no investimento, Hapvida, Serttel e Enel, demonstram a presença do compromisso e legado de longo prazo de seus investimentos e como matriz de cada um dos DNAs envolvidos.
Após 4 anos de investimentos, os indicadores do Vamo apontam que o uso dos veículos elétricos traz uma economia de até 73% nos custos com combustível na comparação com automóveis similares a combustão. Na cidade de Fortaleza, foram rodados, até dezembro de 2020, mais de 300.000km com energia limpa ou mais 15.000Kg de CO² mitigados da atmosfera.
E muito mais além, retrata como um grupo de empresas em sintonia com poder público desenvolve uma visão sistêmica e compartilhada de políticas para a uma nova era da mobilidade urbana, antecipando a transição para frotas de veículos elétricos e compartilhados.
Haroldo Rodrigues é sócio-fundador da investidora in3 New B Capital S.A. Foi professor titular e diretor de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Universidade de Fortaleza e presidente da Fundação de Amparo a Pesquisa do Ceará.
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