Um levantamento inédito com mais de 24 mil desenvolvedores da base da Vulpi, plataforma de recrutamento em TI, apontou uma concentração de profissionais mais generalistas no Brasil, com 40,6% se classificando como fullstack – aqueles que atuam em várias partes do projeto (back-end, front-end, banco de dados) e, para isso, podem usar várias tecnologias.
Batizado de “IT Recruiter Trends”, o levantamento, que cruzou os dados dos profissionais com mais de 1.500 vagas de 13 estados do país, concluiu que 92% dos entrevistados têm formação superior ou estão concluindo e a média salarial é de R$ 5 mil.
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“Os dados são importantes para mostrar a realidade sobre alguns mitos, como o dos supersalários, contraditórios com a maioria dos profissionais ouvidos”, diz Fellipe Couto, CEO e fundador da Vulpi, explicando que o objetivo foi entender melhor esse mercado, mostrando que existem muitas vagas em aberto e que os recrutadores têm dificuldade em contratar devido à qualificação da mão de obra disponível.
Segundo a pesquisa, depois do fullstack, os cargos mais comuns entre os desenvolvedores são back-end (23,6%) e front-end (19,2%). No que diz respeito às linguagens mais utilizadas, Javascript foi a mais citada (13,7%), seguido por html (11,5%) e CSS (9,15%). O item “outras” registrou 21,6%, já que mais de 130 linguagens foram citadas pelos respondentes. O resultado está de acordo com as vagas em aberto: Javascript e seus frameworks estão entre as linguagens mais exigidas pelas empresas, com mais de 25% das vagas exigindo algum conhecimento sobre a tecnologia.
Já entre os 135 frameworks apontados pelos desenvolvedores, os mais utilizados são React (13,7%), Bootstrap (12,8%) e React Native (8,2%), um pouco diferente das necessidades de mercado apontadas pelas vagas em aberto: React (17%), Angular (9,2%), Laravel (7,8%).
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Embora a pesquisa tenha constatado que 92% dos entrevistados têm formação superior ou estão concluindo uma, a análise das vagas em aberto mostrou que 51,6% das empresas não estão preocupadas com a formação superior dos desenvolvedores. Já em relação ao nível de senioridade, 32,3% são juniores, 27,9% plenos, 23,5% seniores e 16,4% iniciantes. Já do lado da demanda, quase 76,8% das empresas buscam profissionais pleno ou sênior.
O levantamento abordou, ainda, a remuneração dos desenvolvedores: menos de 1% desses profissionais ganham mais de R$ 15 mil por mês, 1,9% recebem entre R$ 12 mil e R$ 15 mil, 4,9% de R$ 9 mil a R$ 12 mil, 9,5% de R$ 6,5 mil a R$ 9 mil, 21,8% de R$ 4 mil e R$ 6,5 mil, 27,8% de R$ 2,5 mil e R$ 4 mil, e 33,1% abaixo de R$ 2,5 mil. Na média, os salários ficaram ao redor de R$ 5.102,39.
O levantamento também procurou entender o que os desenvolvedores estão buscando neste momento. A conclusão é de que 96% desses profissionais estão abertos a escutar novas oportunidades de emprego e mais de 62% buscam oportunidades fixas, por meio de regime de trabalho CLT. Mais de 75% deles ainda preferem trabalhar presencialmente.
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