Profissionalização, autenticidade e longo prazo. Os dilemas da creator economy, que movimenta mais de US$ 250 bilhões anualmente, segundo o Goldman Sachs, foram colocados em perspectiva no painel “Influência e Relevância em Tempos de Creator Economy”, durante o Forbes Brands&Co, oferecido por Petrobras e Samsung TV Plus, realizado no Rio2C nesta terça-feira (4). Mediado por Caroline De Tilia, repórter de Forbes Tech.
“A Creator Economy se materializa de acordo com a maturidade do criador. Desde que comecei a me estruturar como marca, entendi que poderia vender outros produtos, consultoria e possibilidades”, destacou Gabi De Pretas.
Para Gabi Lopes, mesmo sendo um ramo do marketing, a creator economy deve ser vista de forma expandida. “O influenciador não é um milagre, estamos falando de vários nichos, estilos e tamanhos. Ainda falta profissionalização e a compreensão de que estamos lidando com um organismo vivo”, alertou.
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Beta Boechat ressaltou que ainda existe um grande desafio para que a marca entenda o universo do criador. “Ainda existe uma lógica da celebridade trazida para a influência e não pode ser assim. Estamos falando de conexões muito específicas e mundos muito diversificados”.
Influência e ascensão social
Para além do negócio em si, influência tornou-se uma forma de ascensão social, alertou Gabi De Pretas. “Muitos influenciadores enxergam nas redes uma oportunidade de mudar sua vida e da sua família financeiramente. E é por esse motivo que é necessário pensar na sustentabilidade e no longo prazo do que está os chamando aqui de profissão.”
O que é ser um criador de conteúdo profissional? Esse foi um questionamento também colocado em perspectiva no painel.
“Essa ideia de o criador ter uma segunda profissão eu acho genial. É importante discutir conteúdo, tema, abordagem, público e tudo aquilo que for entregue ao público”, reforça Beta Boechat.
Inteligência artificial e algoritmos
Ainda de acordo com Beta Boechat, a inteligência artificial e os algoritmos mudaram e mudará o futuro da creator economy.
“O TikTok, por exemplo, mudou a perspectiva, por que nele o foco não é o criador, mas sim a história. E esse fio narrativo é o que faz o TikTok entregar o conteúdo e não mais o criador”, diz Beta.