Com a morte do publicitário Washington Olivetto, aos 73 anos, neste domingo (13), o Brasil não perde apenas um grande ícone de sua publicidade, mas a base do que hoje pode ser chamado de potencial criativo nacional. Conhecido por sua criatividade e inquietude, Olivetto foi responsável por campanhas memoráveis que marcaram a história da propaganda brasileira, como o “Garoto Bombril”, “O Primeiro Sutiã” da Valisère e o “Cachorrinho da Cofap”.
Nascido em São Paulo, Olivetto começou sua carreira aos 18 anos e rapidamente se destacou no cenário publicitário. Ele acumulou mais de 50 Leões no Festival de Publicidade de Cannes. Além de sua carreira brilhante, Olivetto também foi um dos criadores da Democracia Corinthiana, movimento que revolucionou o futebol brasileiro nos anos 80.
Em setembro do ano passado, durante o The Town, em Sao Paulo, Olivetto participou de um painel histórico e icônico com Nizan Guanaes e Roberto Medina. Em uma conversa conduzida pelo apresentador Serginho Groisman, eles falaram sobre trajetória, carreira, negócios, superações, dramas e conquistas. O painel batizado de “Grande Encontro” colocou em perspectiva as vivências dos três profissionais na publicidade e no entretenimento.
“A minha obsessão com a publicidade sempre foi poder contribuir para a cultura popular. E o que nos presenciamos aqui com o Rock in Rio e com o The Town. E mais do que isso, esses eventos mostram nossas vocações como quem tem o atrevimento de fazer o impossível”, disse Olivetto.
Repercussão
“Meu querido amigo, gênio da publicidade. Incrível e especial. Voa mais alto agora. Descansa. Quem não se lembra do cachorrinho da Cofap, do garoto Bombril, do primeiro sutiã e do genial “Hitler para Folha”. Ele nunca parou de criar, sempre recebia dele alguma ideia, um bom texto, um divertido carinho. Vai fazer falta na minha vida”, escreveu Boninho em seu Instagram.
“Uma perda irreparável e impossível de descrever. Obrigado, Washington, por tudo que você significou, significa, e continuará significando para todo nosso mercado e nossa cultura popular”, postou Hugo Rodrigues, chairman da McCann.
Luciano Huck também lamentou a perda no Instagram: “Uma das mentes mais criativas da história, um profissional tão brilhante que o mercado publicitário poderia ser dividido em dois períodos: antes e depois de Washington.
Tenho o orgulho de dizer que ele foi meu amigo.”