O dólar registrava queda contra o real hoje 917), depois de subir por quatro dias seguidos, com investidores do mundo todo esperançosos sobre a reabertura gradual das principais economias do mundo, como os Estados Unidos, após semanas de interrupções na atividade diante da disseminação do coronavírus.
Às 10:03, a moeda norte-americana recuava 0,21%, a R$ 5,2452 na venda, enquanto o principal contrato de dólar futuro caía 0,10%, a R$ 5,2435.
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“No cenário internacional, investidores receberam com relativa indiferença os números do PIB chinês (…), em meio ao noticiário encorajador dos EUA dando conta de que o governo central e governadores abrirão a economia de maneira gradual”, disse em nota Ricardo Gomes da Silva, da Correparti Corretora.
O presidente norte-americano, Donald Trump, propôs diretrizes ontem (16) sob as quais os Estados poderão agir para retomar a economia em um processo escalonado em três etapas.
A notícia elevava os ânimos dos mercados internacionais, que têm sido abalados pelas interrupções generalizadas na atividade em resposta ao coronavírus, que provavelmente levaram a uma recessão global.
Em evidência do impacto das medidas de contenção da pandemia, a economia da China contraiu no primeiro trimestre pela primeira vez na série histórica, com seu Produto Interno Bruto recuando 6,8% entre janeiro e março na comparação com o ano anterior.
No exterior, o dia era de fraqueza generalizada do dólar em meio à recuperação do sentimento de risco. Numa cesta de 33 pares, a moeda norte-americana perdia contra 30 rivais. Peso mexicano, lira turca e rand sul-africano, divisas emergentes pares do real, avançavam entre 0,20% e 0,60% contra o dólar.
Enquanto isso, o cenário doméstico era marcado por nervosismo diante do clima político. Ontem, após demitir Luiz Henrique Mandetta do cargo de ministro da saúde, o presidente Jair Bolsonaro acusou o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de estar conduzindo o país ao “caos”, e sugeriu que há interesse do deputado em retirá-lo do cargo.
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“Ministério da Saúde à parte, o fato concreto é que a queda de braço entre o Executivo e Legislativo na busca pelo protagonismo no encaminhamento das ações que visam o combate da Covid-19 e suas consequências deverá permear os mercados por um longo período de tempo”, disse Gomes da Silva.
As tensões políticas diante da pandemia de coronavírus têm sido fator de atenção para os investidores, colaborando para a pressão sobre a moeda brasileira, já prejudicada por um cenário de investimento reduzido e juros baixos.
O dólar à vista fechou a última sessão em alta de 0,27%, a R$ 5,2565 na venda. (Com Reuters)
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