Puxada pela queda de 9,59% no preço dos combustíveis, o país teve deflação de 0,31% em abril, após ter registrado 0,07% em março.
O choque de petróleo atingiu em cheio o Brasil. Um assunto que pode ter passado despercebido em meio a todo o caos envolvendo o coronavírus, os preços de petróleo foram intensificados após falta de acordo em cortes de produção por parte da Rússia e Opep, em particular a Arábia Saudita.
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As consequências podem ser observadas hoje (8) no IPCA de abril, que teve queda de 9,59% no preço dos combustíveis.
Com isso, o país teve deflação de 0,31% no mês, segundo o IBGE. O resultado é a menor variação mensal desde agosto de 1998, quando chegou a -0,51%. No acumulado do ano, o IPCA registrou 0,22% e, nos últimos 12 meses, ficou em 2,40%.
O principal impacto negativo, foi o grupo de Transportes, que teve queda de 2,66%, representando -0,54 ponto p.p. no IPCA de abril.
A maior contribuição positiva no IPCA de abril (0,35 p.p.) veio de Alimentação e Bebidas (1,79%), que segue aumentando e acelerou em relação ao resultado do mês anterior (1,13%).
Certamente esse resultado colocará mais pimenta na “batalha” vista hoje no mercado. De um lado aqueles que acreditam em mais cortes de juros pela frente, e a permanência em patamares baixos ao longo de 2021, motivados pela perspectiva de inflação e crescimento baixos. Do outro, aqueles que enxergam o risco fiscal mais elevado com o menor comprometimento do Planalto e do Congresso com as reformas, acreditando em menos cortes de juros e elevações em 2021.
No mundo, a semana se encerra de forma positiva, com as bolsas asiáticas e europeias apresentando uma alta generalizada hoje, favorecidas por sinais de alívio nas recentes tensões comerciais entre EUA e China.
Informações da comunicação oficial chinesa afirmam que negociadores comerciais do país e dos Estados Unidos conversaram por telefone hoje, prometendo criar condições favoráveis para a fase 1 do acordo comercial entre os países.
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