Economistas preveem que o rombo primário do governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência Social) será de R$ 571,409 bilhões este ano, piora de mais de R$ 100 bilhões frente ao patamar calculado apenas um mês antes, refletindo a rápida deterioração das expectativas para as contas públicas em meio à pandemia de coronavírus.
Os dados constam em relatório Prisma Fiscal do Ministério da Economia, divulgado hoje (14). O boletim considera dados coletados até o quinto dia útil deste mês.
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No Prisma de abril, a expectativa era de déficit primário de R$ 459,750 bilhões para o governo central em 2020.
A estimativa mais recente do governo, por sua vez, era de um rombo de R$ 566,6 bilhões, equivalente a 7,79% do Produto Interno Bruto (PIB).
Mas o secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, afirmou na véspera que esse número será piorado amanhã, quando o governo divulgará suas novas projeções fiscais.
A meta para o governo central neste ano é de um déficit de R$ 124,1 bilhões, mas o governo não precisará cumpri-la em função do estado de calamidade pública.
Para 2021, economistas também pioraram suas estimativas a um déficit de R$ 169,402 bilhões, frente a R$ 139,486 bilhões no mês anterior.
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O governo fixou meta de déficit primário de R$ 149,61 bilhões para o ano que vem, mas pediu flexibilidade no projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para que ela seja mudada sempre que as receitas para o próximo ano forem recalculadas, já admitindo que o oitavo déficit anual consecutivo do país deve ser muito pior.
Diante do forte descompasso entre receitas e despesas, a expectativa dos economistas agora é de dívida bruta em 89,95% do PIB em 2020 (86,50% antes) e 88,60% do PIB em 2021 (85,20% antes). (Com Reuters)
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