Os preços do petróleo avançavam hoje (12), impulsionados por um inesperado comprometimento da Arábia Saudita com maiores cortes de produção em junho, em movimento que visa aliviar o excesso de oferta gerado no mercado devido à crise do coronavírus.
O petróleo Brent subia US$ 0,84, ou 2,83%, a US$ 30,47 por barril, às 8:39 (horário de Brasília). O petróleo dos Estados Unidos avançava US$ 1,25, ou 5,18%, a US$ 25,39 por barril.
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A Arábia Saudita anunciou ontem (11) cortes adicionais de produção de 1 milhão de barris por dia em junho, reduzindo sua oferta total para 7,5 milhões de bpd, ou quase 40% abaixo do nível de abril.
Os Emirados Árabes Unidos e o Kuweit também se comprometeram com cortes adicionais no total de 180 mil bpd, que se somarão a restrições de oferta já acertadas sob um acordo entre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), a Rússia e outros países– grupo conhecido como Opep+.
Tanto o Brent quanto o WTI caíram ontem apesar desses anúncios, em meio a temores de que os cortes não sejam suficientes para equilibrar o mercado, que tem visto a demanda destruída pelo coronavírus. O consumo ainda poderia ser impactado por uma segunda onda de infecções pelo vírus.
“O mercado está obviamente longe de ter certeza de que os cortes anunciados ontem serão capazes de levar os preços do petróleo materialmente para cima. Mas, hoje, a conclusão é que sim, os cortes adicionais são naturalmente positivos na margem”, disse o analista chefe de commodities do SEB Bank, Bjarne Schieldrop.
“Os produtores estão fazendo tudo o que podem para equilibrar o mercado de petróleo, mas seus esforços foram ofuscados ontem por crescentes preocupações sobre o coronavírus”, disse Tamas Varga, da corretora PVM.
“Embora mais países estejam aliviando restrições, a temida segunda onda de infecções pelo vírus está piorando o humor sobre o lado da demanda da equação”, acrescentou. (Com Reuters)
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