O dólar fechou em alta ante o real hoje (29), depois de cair 0,8% na mínima, tomando fôlego na parte da tarde após o banco central dos Estados Unidos manter os juros, mas sem indicar uma política monetária ainda mais acomodatícia.
O dólar à vista subiu 0,29%, a R$ 5,1723 na venda. A moeda oscilou entre R$ 5,185 (+0,54%) e R$ 5,1155 (-0,81%). Na B3, o dólar futuro tinha valorização de 0,55%, a R$ 5,1785, às 17h13.
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No exterior, o índice do dólar frente a uma cesta de moedas chegou a renovar a mínima em dois anos logo após o início da fala de Jerome Powell, chair do Fed, mas rapidamente recobrou forças à medida que o comandante do BC dos EUA não fazia novos anúncios.
Powell disse que o salto em casos de coronavírus nos Estados Unidos e as restrições que visam contê-lo começaram a pesar na recuperação econômica e repetiu promessa de manter os juros baixos e recorrer a todas as ferramentas para apoiar a economia.
“Não vi nada que tenha fugido do script”, disse Daniel Herrera, analista da Toro Investimentos. “O Fed abriu a caixa inteira de ferramentas, colocando tudo à disposição, mas a atuação monetária tem um limite, e o impulso agora só deve vir mesmo do lado fiscal”, acrescentou.
Ele se referiu a novo pacote no valor de US$ 1 trilhão para ajudar a amenizar efeitos do coronavírus, que segue em impasse no Congresso dos EUA.
Passada a decisão de política monetária nos EUA e com o mercado ainda monitorando os desdobramentos das negociações sobre estímulos nos EUA, analistas se voltam cada vez mais também para a sinalização de juros no Brasil, conforme se aproxima a reunião do Copom da semana que vem.
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Analistas do Citi veem agora como mais provável cenário de corte de 0,25 ponto percentual na taxa Selic, para nova mínima recorde de 2% ao ano. Eles citam que o real até desvalorizou desde a última reunião (em meados de junho), mas apenas “marginalmente”.
Herrera, da Toro, disse que o risco de um BC mais “dovish” (propenso a corte de juros) pode pressionar o real. “Esperamos corte de 0,25 ponto e precisamos ver a decisão e aguardar a ata, num contexto em que os dados de inflação têm surpreendido para baixo”, afirmou. (Com Reuters)
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