O Ibovespa fechou em queda hoje (23), afetado pela piora em Wall Street, que induziu movimentos de realização de lucros, em sessão marcada por rico noticiário corporativo.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,91%, a 102.293,31 pontos. Na máxima, mais cedo, chegou a 104.949,40 pontos. O volume financeiro totalizou da sessão 29,1 bilhões de dólares.
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Isso esvaziou os ganhos da semana, com o Ibovespa agora tendo queda de 0,6% desde segunda-feira. Nas três semanas anteriores, o índice terminou com desempenho acumulado positivo.
Em Nova York, em meio a balanços, o S&P 500 recuou 1,23%, afastando-se da máxima em cinco meses, com dados mostrando desaceleração da recuperação econômica, enquanto Washington debate novos estímulos.
Para o gestor Ricardo Campos, da Reach Capital, a alta acima do esperado nos pedidos de seguro-desemprego nos EUA lançou dúvidas sobre o ritmo de recuperação da economia, o que azedou os mercados.
Ao mesmo tempo, acrescentou, embora o noticiário sobre vacina contra o Covid-19 venha trazendo algum alento, o ressurgimento de casos na Espanha e no Japão, além do recorde de mortes na Flórida, nos EUA, endossaram posições mais defensivas.
Campos ainda chamou a atenção para painel de presidentes de quatro das maiores empresas de tecnologia dos EUA no Congresso norte-americano na próxima semana como um fator que pesou nas ações de tecnologia e respingou no setor na bolsa paulista.
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Os presidentes-executivos de Facebook, Amazon.com, Alphabet – dona do Google – e Apple devem falar perante o Comitê Judiciário da Câmara em 27 de julho sobre o uso do poder de mercado que detêm para prejudicar rivais.
Destaques
– TIM e TELEFÔNICA BRASIL PN caíram 8,43% e 3,73%, respectivamente, após a Digital Colony fazer uma oferta pela unidade de telefonia móvel da Oi, cuja ação deu um salto de 19,4%. TIM e Telefônica Brasil, em conjunto com a América Móvil, fizeram oferta pelos ativos.
– COGNA ON recuou 6,82%, tendo no radar IPO de sua subsidiária de educação básica Vasta, com faixa indicativa de preço de 15,50 a 17,50 dólares por ação, em operação que pode movimentar até 373,8 milhões de dólares. A queda veio após o papel subir mais de 40% apenas em julho, em boa parte apoiada nas expectativas para o IPO.
– SUZANO ON fechou com elevação de 3,14%, em movimento endossado pela alta do dólar, assim como a rival KLABIN UNIT, que avançou 0,99%.
– JBS ON valorizou-se 1,36%, também ajudada pelo câmbio, além de expectativas para o resultado trimestral. No setor de proteínas, MARFRIG ON teve baixa de 1,3%, após subir a 15,89 reais, cotação intradia recorde, mais cedo. MINERVA ON cedeu 1,89%.
– BTG PACTUAL UNIT caiu 1,47%, perdendo o fôlego no fim da sessão e alinhando-se ao setor, que terminou com ITAÚ UNIBANCO PN em queda 2,11% e BRADESCO PN em baixa de 1,45%, em meio a receios sobre potencial efeito negativo no setor da reforma tributária.
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– VIA VAREJO ON perdeu 7% e MAGAZINE LUIZA ON recuou 5,02% refletindo realização de lucros, uma vez que figuram entre as mais valorizadas do Ibovespa no ano. B2W ON caiu 4,42%. O IBGE informou que o número de afastados do trabalho em razão do distanciamento social no país somou 11,8 milhões de pessoas em junho, ante 15,7 milhões em maio, com parte dessa redução possivelmente associada a demissões.
– PETROBRAS PN recuou 2,08%, na esteira da queda dos preços do petróleo no mercado externo.
– VALE ON cedeu 0,66%, em meio à queda dos contratos futuros de minério de ferro na China.
– QUALICORP ON subiu 1,49%, após liderar as perdas do Ibovespa nas últimas duas sessões, quando acumulou declínio de 11,77%. O conselho da companhia aprovou criação de comitê para investigar os fatos que fizeram a sede da empresa alvo de busca e apreensão na terça-feira, após prisão de ex-presidente em meio a investigações sobre suposto caixa dois pelo senador José Serra em campanha de 2014. (Com Reuters)
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