A pandemia de Covid-19 e consequentes quarentenas por todo o mundo fragilizaram a economia global e tornaram ainda mais importante o papel dos educadores financeiros. Para aprofundar a discussão no assunto, o CEO e publisher da Forbes, Antônio Camarotti, conversou com Thiago Nigro, fundador do canal “O Primo Rico”, que no YouTube tem mais de 3,8 milhões de inscritos, e autor do livro “Do Mil ao Milhão: Sem Cortar o Cafezinho”.
Membro da lista Forbes Under 30 2019, Nigro revela que fazer parte dessa lista era um sonho que lhe parecia distante: “Estar na capa da revista, para mim, foi como uma grande coroação, algo externo que chancela o trabalho realizado, isso é muito forte”, conta o empreendedor.
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Questionado sobre um episódio marcante de sua juventude, quando recebeu R$ 5.000 aos 18 anos para investir na bolsa de valores, Nigro conta que sempre desejou ser rico, e que a inspiração vinha dos filmes norte-americanos que assistia: “Queria ser rico, ser independente, ter a minha liberdade”, relembra.
Apesar do trauma de perder o dinheiro em pouco tempo, ele considera o momento como um dos mais importantes da vida, por retirar dele a visão romantizada do mercado financeiro. Além disso, o episódio o fez aprender a lidar com erros e fracassos.
“Toda essa situação me fez querer buscar conhecimento. Esse conhecimento que adquiri me ajudou a ter resultados consistentes que tenho até hoje, aos 29 anos de idade”, afirma Thiago. O processo de aprendizado que aquele episódio acarretou, segundo ele, foi essencial para o sucesso.
Falando sobre o comportamento dos investidores, Thiago elenca o maior erro cometido pelas pessoas ao participar do mercado financeiro: se entregar à emoção. Tanto a euforia como o medo podem trazer, segundo o educador, concepções erradas do cenário financeiro e causar grandes perdas.
Além disso, a popularização das operações financeiras passaram a oferecer um espaço para pessoas “ruins” oferecerem conselhos de investimento. Na concepção do empreendedor e YouTuber, é importante que todos que querem investir na bolsa busquem conhecimento de fontes confiáveis e criem dentro de si uma identidade de investidor, e não apenas sigam conselhos de terceiros: “Não existe atalho”, garante.
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Dono de um canal que busca passar conhecimento sobre investimentos, Nigro conta como tenta ensinar as pessoas a se comportarem no mercado financeiro: passar experiência, dar o tempo necessário para o aprendizado e transmitir a maior quantidade de vivência, o que chamou de conhecimento tácito.
Para Thiago, o aumento do público brasileiro com interesse em investimentos traz uma grande responsabilidade para aqueles que, como ele, buscam orientar as pessoas. “Eu ainda sou um investidor, mas também sou uma pessoa pública, estou em maior evidência”.
Com a notoriedade, a cobrança também aumentou em todas as áreas: “Sinto que muita gente se inspira em mim, e que ajudo muitas pessoas. Tenho que tomar cuidado com o que falo, não posso ser muito incisivo em alguns assuntos. É um peso muito grande”, avalia.
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Mesmo assim, o empreendedor segue firme e bem assessorado com seus trabalhos e revela um de seus objetivos: “Espero deixar um legado interessante para o Brasil”.
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