O PIX iniciou sua etapa de testes hoje (3) de forma limitada, mas a partir do dia 16 de novembro a ferramenta deve entrar em plena operação, facilitando a vida de milhares de brasileiros, colaborando para a bancarização e adoção dos pagamentos digitais no país.
A etapa de testes servirá também para ajudar na compreensão de como o PIX funcionará na prática, mas para quem terá acesso à plataforma apenas nas próximas semanas, o Forbes Money preparou um compilado das principais dúvidas dos usuários quanto ao sistema de pagamentos.
Você também tem dúvidas? Veja abaixo como o PIX poderá mudar a relação dos brasileiros com o dinheiro!
O que é o PIX?
O PIX é o novo meio de pagamentos para transferências e recebimentos de recursos criado pelo Banco Central que começa a funcionar no dia 16 de novembro.
Com o PIX será possível fazer transações em até 10 segundos, 24 horas por dia, entre diferentes instituições financeiras, uma opção aos boletos, cartões e transferência via DOC ou TED.
O sistema traz mais competição ao mercado financeiro, inclusão de pessoas, facilitação das transações e menos custo para os usuários.
Não é necessário fazer download de aplicativos para usar o PIX, já que o serviço é oferecido pelos bancos e instituições financeiras.
Como se cadastrar no PIX?
Para utilizar o PIX é necessário possuir uma conta em uma instituição financeira. O cadastro é realizado em poucos passos pelo usuário nos canais de atendimento, aplicativo ou site da instituição.
A chave é a sua identificação no PIX, que pode ser um e-mail, telefone, CPF ou até mesmo um código criado pelo usuário.
As pessoas físicas podem cadastrar até cinco chaves por conta bancária. Pessoas jurídicas podem cadastrar até 20 chaves por conta.
As chaves do PIX são obrigatórias?
Não. Embora seja mais fácil, quem não quiser cadastrar uma chave pode ainda assim receber recursos pelo PIX informando os dados bancários, como é feito em um TED ou DOC.
Posso alterar ou excluir uma chave do PIX?
É possível excluir chaves já cadastradas, adicionar novas ou pedir a portabilidade das chaves entre diferentes instituições financeiras.
As chaves não podem ser repetidas, ou seja, se você cadastrou o seu CPF como uma chave em uma instituição financeira, não poderá utilizá-lo em outras.
O que é um QR Code e como ele funciona?
O QR Code funciona exatamente como um código de barras, mas no PIX cada usuário pode criar o seu próprio código de barras para receber um pagamento. O QR Code pode ser lido por qualquer smartphone, mas é preciso ter conexão à internet e que a câmera do aparelho esteja funcionando.
Dois tipos de QR Code podem ser criados no PIX: estático e dinâmico.
O estático pode ser utilizado em mais de uma transação, ou seja, é ideal para lojistas que, por exemplo, poderão cobrar várias vezes pelo mesmo QR Code de um produto ou serviço. Quem cria o QR Code pode definir o valor que será cobrado, é como uma etiqueta de um produto.
Já o QR Code dinâmico é exclusivo para transações únicas, ou seja, não pode ser utilizado várias vezes para receber recursos. O QR Code dinâmico funciona como um boleto e quem gera pode incluir valor, cobrança de juros em caso de atraso e etc.
Como usar o PIX?
Pessoas físicas ou jurídicas poderão utilizar o PIX em transferências através das chaves cadastradas. Uma única chave substitui dados como conta, agência, nome completo e CPF.
Para receber pagamentos, pessoas físicas e jurídicas podem gerar um QR Code de forma imediata, personalizando o valor, vencimento e outras informações.
O PIX também pode ser utilizado no pagamento por aproximação.
Quanto custa o PIX?
O PIX é gratuito nas operações entre pessoas físicas e com empreendedores individuais.
Já nas transações com pessoas jurídicas pode existir cobrança de tarifas para quem envia e para quem recebe os recursos! A instituição financeira deverá informar a incidência de tarifas nas transações.
Benefícios do PIX
Economia: transações gratuitas ou com valor reduzido em relação aos custos atuais.
Agilidade: o dinheiro é enviado ou recebido entre as contas bancárias em poucos segundos.
Sem intermediários: pagamentos diretos entre pagador e recebedor.
O PIX é seguro?
Sim! Segundo o Banco Central, as transações do PIX terão as mesmas medidas de segurança adotadas nos TEDs e DOCs. As informações pessoais dos usuários são protegidas pelo sigilo bancário previsto na Lei Geral de Proteção de Dados.
Pessoas físicas podem usar o PIX de forma comercial?
Sim, mas neste caso poderá haver cobrança de tarifas. O PIX é gratuito para as pessoas físicas, empresários individuais e MEIs, mas quem adota o PIX para fins comerciais pode ser tarifado no recebimento da transação.
Segundo o Banco Central, dois critérios configuram a atividade comercial e, portanto, passíveis de tarifas:
1)Recebimento da transferência por QR Code Dinâmico;
2)Recebimento de mais de trinta transações com PIX no mês, por conta. Neste caso, a tarifa pode ser praticada a partir da 31ª transação.
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