O Ibovespa abre em alta a última segunda-feira de 2020, ganhando 0,34% aos 118.207 pontos às 10h16, horário de Brasília. A Bolsa brasileira acompanha o viés positivo global, após a resolução de impasses que se arrastavam há meses no exterior. Nos EUA, o presidente Donald Trump assinou ontem o pacote econômico da pandemia e de gastos do país, totalizando US$ 2,3 trilhões em recursos que evitam a paralisação dos serviços federais e renovam os pagamentos do seguro desemprego para milhões de norte-americanos.
Na Europa, o Reino Unido publicou no sábado o texto do acordo comercial com a União Europeia, a cinco dias para o Brexit. O acordo foi anunciado na última sexta-feira. Também às 10h16, o S&P 500 futuro avançava 0,71% e o DAX, da Alemanha, tinha alta de 1,53%.
Na visão do estrategista Dan Kawa, da TAG Investimentos, o pacote deve dar suporte para que a economia dos EUA atravesse um período mais turbulento até que a vacinação atinja uma escala maior e permita uma recuperação mais estrutural do país. Em comentários a clientes mais cedo, Kawa avaliou ainda que o processo de vacinação vem ganhando escala ao redor do mundo e trazendo expectativas de uma normalização econômica e social ainda no primeiro semestre de 2021.
Os preços do petróleo avançam nesta manhã, com o barril do Brent, referência internacional, tocando os US$ 52, movimento que pode favorecer o desempenho das ações da Petrobras na sessão. Refletindo o otimismo global e maior apetite do mercado por riscos, o dólar opera em queda contra o real nesta manhã, negociado em baixa de 0,39% a R$ 5,17 na venda.
“Hoje, com os desdobramentos vistos no exterior, vai voltando a tendência de queda do dólar e fluxo de capital para países emergentes”, disse à Reuters João Freitas, analista da Toro Investimentos.
Sem expectativas de movimentações importantes em Brasília com a aproximação do fim do ano, os investidores domésticos devem levar sua ansiedade em relação ao cenário fiscal – que tem dominado o radar dos mercados nos últimos meses – para 2021. Também em meio a atrasos na agenda de reformas estruturais, os mercados devem ficar à espera de garantias concretas de que o governo não desrespeitará seu teto de gastos em 2021.
Nos indicadores, o Boletim Focus, do Banco Central, revelou hoje que o mercado espera a Selic a 3,13% ao fim de 2021 e que as expectativas para a inflação são de taxa em 4,39% neste ano, e de 3,34% no próximo. Dados divulgados também nesta manhã pela Fundação Getulio Vargas (FGV) mostram a oitava elevação mensal consecutiva no Índice de Confiança da Indústria (ICI), subindo 1,8 ponto em dezembro, para 114,9 pontos, patamar máximo desde maio de 2010. (Com Reuters)
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