A confiança de serviços no Brasil apresentou sua segunda queda mensal consecutiva em fevereiro, informou hoje (26) a Fundação Getúlio Vargas (FGV), mesmo depois do início das campanhas de imunização contra o coronavírus no país.
O Índice de Confiança de Serviços (ICS) caiu 2,3 pontos em no mês, a 83,2 pontos, resultado que refletiu tanto a piora na percepção presente do setor quanto nas expectativas para os próximos meses.
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O Índice de Situação Atual (ISA-S) cedeu 1,4 ponto, para 78,6 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE-S) teve queda de 3,3 pontos, para leitura de 88,0. “O setor (de serviços), principalmente no que tange aos serviços prestados às famílias, é o que mais tem sofrido na pandemia”, explicou em nota Rodolpho Tobler, economista da FGV Ibre.
“Apesar do início da vacinação, o aumento do número de casos e a velocidade da imunização da população devem determinar o ritmo de recuperação considerando que isso afeta diretamente na cautela dos consumidores”, completou Tobler, e acrescentou que o caminho daqui para frente é “bastante desafiador”.
Setor da indústria
O Índice de Confiança da Indústria (ICI) no Brasil caiu 3,4 pontos e foi a 107,9 pontos em fevereiro, nível mais baixo desde os 106,7 pontos vistos em setembro de 2020. O recuo foi o segundo consecutivo, provocado por uma insatisfação geral e chegou ao menor nível em cinco meses, segundo a FGV.
“A confiança da indústria caiu pelo segundo mês consecutivo, influenciada por uma diminuição da satisfação dos empresários com relação ao momento atual e da redução do otimismo em relação aos próximos meses“, disse em nota Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das sondagens da FGV Ibre.
O Índice de Situação Atual (ISA), que acompanha o sentimento dos empresários sobre o momento presente da indústria, perdeu 1,4 ponto e foi a 114,9 pontos, menor nível desde outubro. O Índice de Expectativas (IE), indicador das perspectivas para os próximos meses, recuou 5,4 pontos, para 100,9 pontos, patamar mais baixo desde agosto. “A piora do IE decorre de menores projeções na demanda interna e externa, e gerou perspectivas menos otimistas em relação a produção prevista”, explicou Bittencourt.
“Apesar da queda ter sido mais influenciada pelas expectativas, chama atenção a piora da situação dos negócios das empresas produtoras de bens de consumo não duráveis. Tal insatisfação pode ter sido influenciada pelo período de interrupção dos benefícios emergenciais, que afetou a demanda nesse início do ano junto com preços mais elevados das matérias-primas”, completou.
A produção da indústria brasileira registrou em dezembro o oitavo aumento seguido, mas ainda assim encerrou 2020 com a maior queda em quatro anos, de 4,5%, diante das consequências da pandemia de coronavírus. (com Reuters)
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