Vinte e sete anos depois de abrir a Amazon de sua garagem e transformá-la em uma das empresas mais valiosas do mundo, o fundador Jeff Bezos disse na terça (2), que está deixando o cargo de CEO. Bezos tem sido um personagem recorrente nas páginas da Forbes desde os dias em que ele era apenas um pequeno empresário na mira da Barnes & Noble até acumular um patrimônio líquido de US$ 196 bilhões.
“Alguns anos atrás, as pessoas estavam vendo os planos da Barnes & Noble de se digitalizar e nos ridicularizando –e eu pensei que eles tinham um ótimo argumento”, brincou em uma entrevista à Forbes, em 1999. “Mas o que eles não entenderam é como a internet transfere o poder para o cliente.”
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Veja na galeria de imagens a seguir, uma retrospectiva do seu caminho para se tornar a pessoa mais rica do mundo, com os momentos cruciais de sua gestão, que definiram o curso para a empresa e remodelaram para sempre o setor de varejo:
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Noam Galai/Getty Images Os livros foram o começo, mas certamente não o fim
Jeff Bezos comprou briga com grandes cadeias de livrarias como a Borders e a Barnes & Noble quando começou a vender livros online em 1994. Quando a empresa abriu capital, três anos depois, vendia mais de 2,5 milhões de títulos e gerava vendas anuais de US$ 148 milhões. O estoque girou 42 vezes naquele ano, em comparação com apenas 2,1 vezes na Barnes & Noble. “A Amazon.com não pode existir no mundo físico”, disse Bezos à Forbes em 1996, o primeiro ano em que a empresa apareceu na publicação. “Nenhuma área metropolitana poderia suportar uma livraria com um milhão de títulos.”
Além disso, Bezos não tinha intenção de parar por aí. Em 1998, a Amazon começou a expandir sua oferta para incluir todos os tipos de coisas, como CDs, DVDs, roupas, brinquedos e produtos de escritório. Bezos também começou a sugerir suas ambições exageradas, abandonando o slogan da empresa como a “Maior livraria da Terra” e começando a descrever a Amazon como um varejista online que ofereceria “A Maior Seleção da Terra”.
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David Ryder/Getty Images Boas-vindas a vendedores terceirizados
Em 1999, a Amazon convidou vendedores terceirizados para começar a listar mercadorias e competir diretamente com aqueles que a própria Amazon vendia. Esses vendedores (principalmente pequenas e médias empresas) agora formam a espinha dorsal da gigante do comércio eletrônico, gerando cerca de 60% das vendas de seus produtos hoje, o dobro da porcentagem que representavam há uma década.
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Light Rocket/Getty Images Transformando o envio em dois dias no novo normal
Em 2005, Bezos lançou um novo programa de fidelidade chamado Amazon Prime com uma vantagem atraente: por US$ 79 ao ano, os clientes podiam receber frete grátis em dois dias para seus pedidos. Isso moldou rapidamente as expectativas do cliente em relação às compras online e fez o restante do setor se mexer para competir. A Amazon está um passo à frente, graças a mais de 100 centros de distribuição onde embala e envia itens. A empresa também construiu sua própria frota de transporte que rivaliza com os correios –segundo estima a “ShipMatrix”, a Amazon atualmente é responsável pela entrega de dois terços de seus próprios pacotes. Em 2019, disse que iria investir mais para trazer frete de um dia para seus membros Prime.
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Light Rocket/Getty Images Criando uma mina de ouro com o Web Services
Em 2006, a Amazon começou a oferecer serviços de computação em nuvem para outras empresas. A companhia construiu a tecnologia para executar seu próprio site e imaginou que talvez pudesse ganhar dinheiro vendendo-a a terceiros. Chamado de Amazon Web Services, o serviço rapidamente atraiu clientes, de Nasa a Netflix. Ele tem servido como uma fonte de renda para a empresa, gerando U$ 35 bilhões em vendas em 2019 e ajudando a compensar as perdas do negócio de varejo.
“Ele pegou dois setores muito importantes e, simultaneamente, e meio que sob o nariz dos concorrentes, se tornou o líder e os está redefinindo e tendo sucesso em negócios realmente grandes”, disse Warren Buffett sobre o sucesso de Bezos tanto no varejo quanto setores concorrentes da nuvem em uma entrevista de 2018 à Forbes.
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Noam Galai/Getty Images Entrando em lojas físicas
A Amazon fez sua primeira grande incursão no varejo físico em 2017, quando anunciou que estava adquirindo a rede de supermercados Whole Foods por U$ 13,4 bilhões. Desde então, baixou os preços de centenas de produtos, além de oferecer benefícios especiais aos membros Prime, como entrega gratuita.
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Noam Galai/Getty Images Pioneira em checkout automatizado
A Amazon abriu sua primeira loja Amazon Go ao público em 2018, oferecendo aos clientes a capacidade de pegar itens e ir embora sem esperar na fila do caixa. A tecnologia Just Walk Out, que aproveita uma combinação de câmeras e inteligência artificial para rastrear automaticamente quais itens os clientes colocam em seus carrinhos, já foi implementada em mais de duas dezenas de locais. Também está disponível para outros varejistas; Hudson e OTG estão experimentando a tecnologia em um punhado de lojas instantâneas no aeroporto.
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David Ryder/Getty Images Tornar-se a pessoa mais rica do planeta
Bezos apareceu pela primeira vez na lista dos 400 da Forbes em 1998, depois de abrir o capital de sua empresa, com um patrimônio líquido de US$ 1,6 bilhão, tornando-o a 102ª pessoa mais rica dos EUA e ganhando um lugar na capa da revista pela primeira vez. Quase duas décadas depois, em 2017, ele ultrapassou Bill Gates como a pessoa mais rica do mundo. Seu patrimônio líquido também passou dos US$ 100 bilhões naquele ano. Ele é agora a pessoa mais rica do planeta, com um patrimônio líquido de US$ 196 bilhões, graças a uma participação de 11% e uma ações que continuam a se valorizar –e isso depois de dar à ex-mulher, MacKenzie, um quarto de suas ações no divórcio. Em agosto de 2020, ele se tornou a primeira pessoa a valer mais de US$ 200 bilhões.
Os livros foram o começo, mas certamente não o fim
Jeff Bezos comprou briga com grandes cadeias de livrarias como a Borders e a Barnes & Noble quando começou a vender livros online em 1994. Quando a empresa abriu capital, três anos depois, vendia mais de 2,5 milhões de títulos e gerava vendas anuais de US$ 148 milhões. O estoque girou 42 vezes naquele ano, em comparação com apenas 2,1 vezes na Barnes & Noble. “A Amazon.com não pode existir no mundo físico”, disse Bezos à Forbes em 1996, o primeiro ano em que a empresa apareceu na publicação. “Nenhuma área metropolitana poderia suportar uma livraria com um milhão de títulos.”
Além disso, Bezos não tinha intenção de parar por aí. Em 1998, a Amazon começou a expandir sua oferta para incluir todos os tipos de coisas, como CDs, DVDs, roupas, brinquedos e produtos de escritório. Bezos também começou a sugerir suas ambições exageradas, abandonando o slogan da empresa como a “Maior livraria da Terra” e começando a descrever a Amazon como um varejista online que ofereceria “A Maior Seleção da Terra”.
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