A Louis Dreyfus reportou hoje (25) um salto de 66% no lucro líquido de 2020, à medida que uma resiliente demanda por alimentos impulsionou a comerciante global de produtos agrícolas durante a pandemia de Covid-19 e aumentou seu apelo para a ADQ, de Abu Dhabi, que se tornará um novo investidor do grupo.
Os lucros líquidos do grupo subiram para US$ 382 milhões, de US$ 230 milhões em 2019, enquanto os lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) das operações continuadas cresceu para US$ 1,324 bilhões, de 836 milhões.
O grupo citou a resiliente demanda por produtos alimentícios como cereais e açúcar, além de margens atraentes para a soja, associadas ao consumo chinês, além de oportunidades de “trading” em meio à volatilidade dos mercados de commodities.
A demanda enfraqueceu, no entanto, para algodão e biocombustíveis, com a pandemia reduzindo atividades nos setores têxtil e de energia.
A LDC está buscando impulsionar suas finanças por meio de um acordo para a venda de uma fatia de 45% à ADQ. A empresa também fechou um acordo em separado para vender a sua endividada empresa brasileira de açúcar e etanol, a Biosev, para a Raízen.
“Trazer a ADQ a bordo nos permite acelerar investimentos como parte de nossa estratégia transformacional”, disse a presidente do conselho e principal acionista, Margarita Louis-Dreyfus, em relatório anual divulgado com os resultados.
Lucros fracos e dívidas em alta nos anos anteriores haviam criado urgência na busca de Louis-Dreyfus por um investidor externo para a companhia.
O valor do negócio com a ADQ, uma estatal de investimentos, não foi revelado. A transação deve ser concluída até meados de 2021.
Mas Louis-Dreyfus disse que o negócio permitirá a ela pagar um empréstimo de US$ 1 bilhão do Credit Suisse utilizado para a compra de fatias minoritárias de membros da família na empresa.
Já a LDC disse que os recursos também contribuirão para o reembolso de um empréstimo de US$ 1 bilhão fornecido à Biosev. (Com Reuters)
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