A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos concedeu aprovação final hoje (10) a um dos maiores pacotes de estímulo econômico na história norte-americana, dando aval a um projeto de lei de US$ 1,9 trilhão em alívio aos efeitos da Covid-19, o que confere a Joe Biden sua primeira grande vitória como presidente.
A medida disponibiliza US$ 400 bilhões para pagamentos diretos no valor de US$ 1,4 mil à maioria dos norte-americanos, US$ 350 bilhões em ajuda a governos estaduais e locais, expansão do crédito tributário infantil e aumento do financiamento para distribuição de vacinas.
A aprovação na Câmara, controlada pelos democratas, veio sem qualquer apoio republicano após semanas de debates partidários e disputas no Congresso. Os democratas descreveram o projeto como uma resposta fundamental a uma pandemia que matou mais de 528 mil pessoas e retirou milhões de seus postos de trabalho.
“Este é um dia histórico. É o início do fim da grande depressão da Covid”, disse a deputada democrata Jan Schakowsky.
Biden planeja sancionar o projeto na sexta, informou a Casa Branca.
Os republicanos disseram que a medida era custosa demais e estava repleta de prioridades inúteis. Eles afirmaram que a pior fase da maior crise de saúde pública em um século já passou e a economia está caminhando para uma recuperação.
“É o plano errado na hora errada por tantos motivos errados”, disse o deputado republicano Jason Smith.
Os democratas estavam ansiosos para levar o projeto de lei à mesa de Biden para sua sanção antes de os atuais benefícios federais a desempregados expirarem, em 14 de março.
A Câmara, que aprovou uma versão inicial do projeto, precisou se reunir novamente para aprovar as mudanças feitas no Senado no fim de semana.
“Tem havido muita conversa sobre este pacote ser muito robusto e muito caro, mas se havia um momento para agir grande, a hora era esta”, disse o deputado democrata Richard Neal.
A Câmara rejeitou a tentativa da deputada republicana Marjorie Taylor Greene de obstruir os procedimentos, pedindo um adiamento – algo que ela tentou quatro vezes desde que assumiu o cargo, em janeiro.
A Câmara votou, por 235 votos a 149, para que o projeto seguisse, com 40 republicanos juntando-se aos democratas na rejeição do esforço de Greene. (Com Reuters)
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