A Ambev registrou lucro líquido de R$ 2,73 bilhões no primeiro trimestre, mais do que dobro do verificado um ano antes, em desempenho ajudado pela redução de medidas de restrição adotadas por causa da pandemia de Covid-19, bem como melhora no resultado financeiro.
Em termos ajustados, o lucro foi de R$ 2,76 bilhões, alta de 124,9% ano a ano, de acordo com o balanço divulgado hoje (6).
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A receita líquida somou R$ 12,64 bilhões, um crescimento orgânico de 27,8% ano a ano. Em termos de volumes, houve expansão de 11,6%, para 43,53 milhões de hectolitros. Por hectolitro, a receita subiu 14,5%.
“A maioria dos países apresentou crescimento de volume sustentado, com oito dos dez principais mercados entregando crescimento de volume em relação ao ano anterior e sete já atingindo níveis de volume superiores a 2019”, afirmou a companhia à CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
No Brasil, houve crescimento orgânico de 26,1% na receita líquida, com aumento de 12,1% nos volumes. Em Cerveja Brasil, houve expansão orgânica de 16% nos volumes e elevação de 30,6% na receita.
Para 2021, a Ambev afirmou esperar que continue sendo um ano desafiador e volátil devido à Covid-19, mas que segue a trajetória de recuperação graças ao impulso comercial contínuo desde o terceiro trimestre do ano passado.
No caso do Brasil, a expectativa da companhia é de que a pressão sobre as margens permaneça, não apenas em decorrência do câmbio e preços das commodities desfavoráveis, mas também devido ao aumento de despesas gerais e administrativas, “principalmente em função de maiores provisões de remuneração variável”.
“No entanto, o desempenho melhor do que o esperado da nossa receita deve continuar impulsionando nossa recuperação e ajudar a compensar parcialmente as pressões sobre o custo.”
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Citando a trajetória de recuperação no Brasil e performance mais forte das operações internacionais, a Ambev estima que o desempenho do Ebitda ajustado consolidado do ano deve melhorar… com receita se recuperando de forma mais rápida que o bottom line (lucro).”
No primeiro trimestre, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado apurou uma expansão orgânica de 23,8%, para R$ 5,33 bilhões, embora a margem tenha recuado 1,1 ponto percentual, para 32%.
O CPV (custo dos produtos vendidos) aumentou 35,3%. Em uma base por hectolitro, o avançou 21,3%. As despesas com vendas, gerais e administrativas aumentaram 13,9%, principalmente em razão de provisão de remuneração variável e maiores despesas de distribuição.
O resultado financeiro ficou negativo em R$ 1,06 bilhão, mostrando melhora em relação ao desempenho negativo de R$ 1,54 bilhão no primeiro trimestre do ano passado.
Em termos consolidados, analistas do Credit Suisse afirmaram que a Ambev mostrou um desempenho operacional sólido e superou as estimativas nas linhas de volumes, receita líquida e Ebitda, aguardando uma reação positiva das ações da fabricante de bebidas nesta sessão. (Com Reuters)
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