A atividade manufatureira dos Estados Unidos cresceu a um ritmo mais lento em abril, provavelmente limitada pela escassez de insumos em meio à demanda liberada pelo aumento das vacinações e por estímulo fiscal massivo no país.
O Instituto de Gestão do Fornecimento (ISM, na sigla em inglês) informou hoje (3) que seu índice da atividade industrial nacional caiu para uma leitura de 60,7 no mês passado, depois de subir para 64,7 em março, seu nível mais alto desde dezembro de 1983.
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Uma leitura acima de 50 indica expansão da manufatura, que responde por 11,9% da economia dos EUA. Economistas consultados pela “Reuters” previam que o índice subiria para 65 em abril.
O pacote massivo de US$ 1,9 trilhão da Casa Branca com objetivo de aliviar os efeitos da pandemia e a expansão do programa de vacinação contra a Covid-19 para todos os norte-americanos adultos levaram a um “boom” na demanda. Mas a demanda reprimida está sendo compensada por restrições de oferta, já que a pandemia, agora em seu segundo ano, provocou interrupções na disponibilidade de mão de obra, levando a uma escassez que está aumentando os preços dos insumos.
Isso ficou mais evidente na indústria automobilística, em que a escassez global de chips semicondutores forçou cortes na produção. A Ford disse na semana passada que a escassez de chips forçou uma redução à metade de produção no seu segundo trimestre.
A demanda por bens como veículos motorizados e eletrônicos aumentou durante a pandemia, com os norte-americanos evitando transporte público e milhões trabalhando de casa e frequentando aulas remotamente. Os robustos gastos do consumidor ajudaram o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA a subir a uma taxa anualizada de 6,4% no primeiro trimestre.
A medida dos preços pagos pelos produtores na pesquisa do ISM subiu no mês passado para seu maior patamar desde julho de 2008.
O subíndice prospectivo de novos pedidos da pesquisa caiu para 64,3, depois de subir para 68,0 em março, leitura mais alta desde janeiro de 2004.
O indicador do emprego industrial da pesquisa caiu para uma leitura de 55,1, após disparar para 59,6 em março, máxima desde fevereiro de 2018. O índice ficou bem abaixo dos 61,5 previstos em uma pesquisa com economistas, com a desaceleração nas contratações provavelmente refletindo a escassez de trabalhadores.
Empresas de muitos setores estão lutando para encontrar trabalhadores, mesmo com o mercado de trabalho apresentando 8,4 milhões de empregos a menos em relação a seu pico pré-pandemia de fevereiro de 2020. (Com Reuters)
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