As ações da Weg disparavam hoje (28), após a companhia mais do que dobrar o lucro no segundo trimestre, apoiado tanto na demanda doméstica como na aceleração da atividade industrial nos principais países que atua, além de efeito de crédito fiscal.
O lucro líquido somou R$ 1,13 bilhão no período de abril a junho, contra R$ 514 milhões um ano antes, de acordo com dados divulgados pela companhia hoje, com a margem líquida subindo a 19,7%, de 12,7%.
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No segundo trimestre, houve a contabilização de créditos referentes à exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS e Cofins, com o lucro líquido sendo positivamente impactado por R$ 282,8 milhões.
Por volta de 10:40, os papéis subiam 6,34%, a R$ 36,57, maior alta do Ibovespa, que avançava 0,76%. Na máxima até o momento, as ações chegaram a R$ 36,61, maior patamar intradia desde o final de abril.
“Outro trimestre impressionante”, afirmaram analistas do BTG Pactual, em relatório a clientes, citando que os números superaram suas estimativas.
A receita operacional líquida cresceu 41,4% na comparação anual, para R$ 5,75 bilhões, com alta de 60,7% no mercado interno e de 28,9% no externo. Em dólar, a receita no mercado externo subiu 31,5%.
No Brasil, a Weg disse que observou solidez na demanda após a consistente recuperação nos últimos trimestres, com destaque para o crescimento dos negócios de ciclo curto, nas áreas de Motores Comerciais e Appliance, Equipamentos Eletroeletrônicos Industrias e em especial o negócio de geração solar distribuída.
“A manutenção dos negócios de ciclo longo… também contribuiu de forma importante para este resultado, com destaque para o retorno da receita de projetos de geração eólica.”
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No exterior, a companhia registrou crescimentos relevantes de receita nos principais mercados de atuação, com destaque para os segmentos de mineração, óleo & gás e água & saneamento.
“Além dos negócios de Equipamentos Eletroeletrônicos Industrias, destacamos também o bom desempenho das áreas de Motores Comerciais e Appliance e T&D (Transmissão e Distribuição de Energia), com crescimento de vendas e aumento da participação em mercados importantes.”
O resultado operacional medido pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 1,39 bilhão, salto de 90,2% ano a ano, com a margem Ebitda passando a 24,2%, de 18% no segundo trimestre do ano passado.
O custo dos produtos vendidos cresceu 41,3%, para R$ 4 bilhões, enquanto as despesas de VG&A (Vendas, Gerais e Administrativas) subiram 26,8%, para R$ 637 milhões.
No segundo trimestre, a Weg investiu R$ 168,3 milhões em modernização e expansão de capacidade produtiva, máquinas e equipamentos e licenças de uso de softwares, sendo 52% em unidades no Brasil e 48% em instalações no exterior.
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“Olhando para o futuro, continuamos a ver os produtos de ciclo longo como mais resilientes”, afirmou a equipe do BTG Pactual. Os analistas afirmaram ainda que os produtos de ciclo curto continuam na tendência de recuperação observada nos últimos trimestres graças à recuperação da economia global. (Com Reuters)
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