John Elkann, descendente da família italiana Agnelli, tem explorado um possível vínculo com o estilista Giorgio Armani como parte de um plano para construir um conglomerado de luxo potencialmente ancorado em torno da Ferrari, disseram cinco fontes familiarizadas com o assunto à Reuters.
Elkann, que preside o grupo automotivo franco-italiano Stellantis, se ofereceu para adquirir uma participação minoritária na casa de moda de Milão, liderada por Giorgio Armani, de 87 anos, mas sua última proposta foi rejeitada no início deste mês, disseram duas das fontes sob condição de anonimato. A negociação teria estabelecido os Agnellis como peças importantes na indústria da moda ao lado dos Arnaults e Pinaults na França.
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As discussões com a Armani –avaliada por analistas em cerca de € 6 bilhões — não avançaram devido à relutância do designer em vender, disseram duas fontes, acrescentando que as negociações eram informais e nenhum banco estava envolvido.
Um porta-voz de Elkann e da Exor, holding da família Agnelli, disse: “A Exor não fez nenhuma abordagem e nenhuma proposta (para a Armani).” Armani não quis comentar. Um possível acordo com a Armani teria sido feito por meio da empresa de investimentos Exor ou da montadora Ferrari controlada pela Exor –mas a última oferta de Elkann foi rejeitada, disseram as fontes. “As discussões estão encerradas por enquanto”, disse uma das fontes.
DE OLHOS ABERTOS
As especulações sobre os planos de sucessão na grife fundada em 1975 por Armani, conhecido como King Giorgio, estão esquentando. A marca, que é famosa por seus ternos elegantes e vestidos de gala, deverá atrair o interesse das empresas francesas de luxo LVMH e Kering, disseram fontes dos grupos à Reuters, embora tenham dito que Armani não quer vender para um grupo estrangeiro.
Armani disse à revista norte-americana Vogue em abril que ele pode considerar somar forças a outra empresa italiana, abrindo as portas para um possível parceiro de negócios pela primeira vez. O estilista também afirmou que a crise da Covid-19 “nos fez abrir um pouco os olhos”. (Com Reuters)
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