A transmissora de energia Isa Cteep, controlada pelo grupo colombiano Isa, reportou ontem (29) lucro líquido de R$ 248 milhões no segundo trimestre do ano, queda de 73% ante igual período de 2020 causada por efeitos não recorrentes, enquanto os investimentos acumularam recorde no semestre.
Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado da companhia cresceu 17,9% na comparação anual, para R$ 665,8 milhões. Sem ajuste, o Ebitda do segundo trimestre marca recuo de 58,4%, para R$ 630,6 milhões.
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A receita operacional bruta consolidada atingiu R$ 922,1 milhões no período, queda de 45,8%.
“Esses resultados são explicados, principalmente, pela Parcela de Ajuste (PA) referente à aplicação da Revisão Tarifária Periódica (RTP) do contrato renovado e da remuneração do componente financeiro da RBSE pelo custo do capital próprio contabilizados em junho de 2020″, informou a empresa.
Em contrapartida, o resultado do trimestre foi afetado positivamente, principalmente, pela conclusão da aquisição da Piratininga – Bandeirantes Transmissora de Energia (PBTE).
A diretora executiva de Finanças e Relações com Investidores da Isa Cteep, Carisa Cristal, disse à “Reuters” que o desempenho foi considerado favorável pela companhia, pois excluindo os fatores não recorrentes, o Ebitda ajustado, por exemplo, está melhor.
“Houve a entrada em operação de novos projetos, de reforços e melhorias, e entrada de projetos greenfield. Tivemos aquisição da PBTE que se concretizou em março e este foi o primeiro resultado com a receita da PBTE”, afirmou.
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INVESTIMENTOS
O diretor-presidente da companhia, Rui Chammas, afirmou que a Cteep bateu recorde de investimentos no semestre e o objetivo é seguir expandindo os aportes.
“Esperamos chegar a R$ 500 milhões todo ano até o final da década, essa é uma dimensão que segue crescendo”, disse ele.
“Os projetos greenfield, tem vários em andamento, e podemos buscar por que não novos projetos nos leilões… mas sempre buscando rentabilidade”, acrescentou.
No primeiro semestre de 2021, a empresa investiu R$ 635 milhões, um aumento de 13% em relação ao mesmo período do ano anterior. Do total, R$ 498 milhões foram alocados em novos projetos (greenfield).
A previsão para investimento no ano é superior a R$ 1 bilhão, segundo a companhia.
Nos últimos seis anos, a empresa arrematou 14 lotes em leilões de transmissão realizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e já energizou 4 desses projetos (Itapura Bauru, Itaquerê, Tibagi e Aguapeí).
Em reforços e melhorias, a companhia aportou cerca de R$ 137,4 milhões no período, com a implementação de 45 projetos, versus R$ 77,8 milhões no primeiro semestre de 2020, um aumento de 76,5%. Além disso, a companhia já possui autorizações da Aneel para executar mais de R$ 1,8 bilhão de investimentos nessa frente, nos próximos quatro anos.
“Temos potencial para dobrar o patamar de investimentos em reforços e melhorias, a serem entregues gradualmente. Em um contexto de crise hídrica, em que a sociedade demanda segurança energética e robustez do sistema, esses projetos se tornam ainda mais importantes e essenciais para garantir o abastecimento do país”, disse Chammas. (Com Reuters)
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